A
Entrega Feminina
Sob o argumento
de que com julgamento desfavorável exterior os outros parecem tolos, mas não
são, olhando logicamente o princípio desde milhões de anos pré-hominídeos até
os 80 mil anos CRO-magnons que trouxeram a presente dominância masculina, [como
é que as mulheres, controlando 80 a 90 % de todos] cederam controle da
coletividade?
O Modelo da
Caverna mostra nitidamente que elas eram, pela lógica, as proprietárias, pois a
coleta produzia muito mais riqueza em quantidade e qualidade constante que a
caça esporádica [de carcaças].
Como sabemos, a produção e
reprodução dos objetos constitui a fonte de poder. Temos visto, com a série de
artigos sobre Ecologia Cíclica feminina neste Livro 54, que o tempo circular, o
espaço feminino foi sucedido pelo tempo masculino linear, progressista, que
arremete e constrói futuro – e esta é a chave.
Continuando, como
elas dominavam no início, o certo seria as mulheres terem permanecido no poder,
embora poder pequeno, não esse poder exponencial masculino que levou os sapiens
a afrontarem tantos problemas e a garantirem futuro pela solução deles, pois é
assim que se consegue deixar descendência, como sabemos do modelo e dos
raciocínios dos livros.
Ora, as mulheres também não cederam
porque eram “boazinhas”, doces, caritativas; cederam no sentido de atender o
maior de seus interesses – o de deixar descendência cada vez maior, pois tudo
está centrado nos filhos, no sentido de ultrapassarem as outras espécies de
fêmeas e as outras fêmeas da espécie no domínio do futuro.
Porque a Ecologia Cíclica, de
extração num espaço restrito, no PEQUENO ESPAÇO em volta da Caverna geral, não
levaria à expansão e as mulheres ainda estariam na África, não teriam trilhado nesses
300 mil anos desde a EVA MITOCONDRIAL e o ADÃO Y a dimensão planetária inteira.
Continuariam sendo uma tribo
pequenina em volta de alguma caverna. Ainda que destrutiva a Ecologia Linear
masculina tenha sido a chave que nos trouxe aqui depois de 300 mil anos, que
são somente 1/13.000 do tempo desde o surgimento da Vida há 3,8 bilhões de
anos.
Num tempo TÃO CURTO geologicamente a
espécie sapiens pôde dominar o horizonte de todo o globo. Claro, custou às
mulheres muitos sopapos do amigo/inimigo, o outro lado sapiens, mas expandiu
tremendamente a espécie, de um modo que elas sozinhas não teriam podido nem
remotamente tentar. A inigualável agressividade masculina projetou o mundo até
onde ele está hojaqui.
Evidentemente
houve um custo tremendo em dores e mutilações, mas isso desenvolveu também a
mulher mais apta, ainda que endurecida, brutalmente masculinizada, que
encontrou nos braços do inimigo/amigo resguardo para sua prole.
Não houve uma
superconsciência que decidisse.
As coisas foram acontecendo, com uma
ou outra concessão pontual indo se somar até dar nesse deslocamento atual do
equilíbrio.
Agora, põe-se outra
questão, que é correlata.
A QUAL MACHO a
fêmea se entrega?
A resposta geral
é que ao vencedor.
Não é ao bonito,
nem ao feio, nem ao baixo, nem ao alto, nem ao magro, nem ao alto, nem ao de
qualquer raça – negra, branca, amarela, vermelha -, não ao esperto, não ao
estúpido, não à preferência definida (porque todos estão representados na
atualidade) e sim ao sobrevivente, ao
mais apto, ao MACHO VÁLIDO.
Não importa como sobreviva, desde
que o faça, desde que proporcione futuro ou promessa de futuro à prole.
Guerreiros terão preferência.
Arrostadores, enfrentadores, afrontadores
da adversidade, muito mais. Heróis. Os que batam em outros homens. Os covardes serão
afastados (mas, é claro, os genes deles estão presentes porque eles
desenvolveram mimetismo sexual).
Arrostar é a palavra-chave.
Quanto futuro é prometido?
Então, como existe a língua e as
palavras não se distinguem, sem prova contrária, da verdade, as mulheres cairão
nas promessas e darão futuro a machos mentirosos, DESDE QUE HAJA VENCEDOR (é
porisso que pênis pequenos sobreviveram, porque eles são ocultos pelas palavras
- pois em tese uma vara cada vez mais comprida, que chegue mais perto do útero,
ou mais grossa, que entupa todo o canal vaginal, impedindo o retorno dos
espermatozóides, teria tendência a ser selecionada) e é ele que vai chegar ao
futuro.
Não apenas machos com ferimentos
cicatrizados denotarão o vitorioso conquistador de proteínas que atravessou
adversidades, como até homens que tenham sobrevivido a contemporâneas operações
biomédicas serão agraciados com vaginas e úteros.
Isso recoloca todo o olhar humano
(masculino e feminino) sobre as relações e a troca de olhares dos
relacionantes, os que pretendam se relacionar. Isso reprogramará as boates, a
criação de músicas, a poesia e todas as tecnartes. O mundo não mais será o
mesmo depois que os psicólogos tiverem reequacionado os elementos segundo essa
proposta.
Será muito
interessante.
Pois fazíamos
sempre do lado masculino a pergunta crucial: como conseguir a perseguida?
A resposta é
muito linda e é a chave de todo ato civilizatório: respondendo aos primórdios
cavernícolas, às proteínas que foram construídas no passado troglodita da
humanidade.
O que o ambiente queria de nós,
teleologicamente? - é a pergunta mais profunda. Depois, a segunda é POR QUÊ e
POR QUEM as mulheres renunciaram? A resposta geral é pelo futuro. Elas são de
quem produzir futuro. Serão de todo aquele que prometer (conseguir ou não vem depois)
lançá-las ao futuro. Não ao jovem ou ao velho, mas às promessas emocionais ou
racionais que sejam. Um jovem terá precedência, porque há a promessa implícita
de maior duração para proteção da prole, mas se um velho conseguir suprir isso
com dinheiro, terá precedência.
A PROLE ou FUTURO é a chave.
As mulheres se
entregam ao futuro.
Vitória, sábado,
13 de dezembro de 2003.
No comments:
Post a Comment