A
Escolha do Futuro
Já vimos que tudo
gira em torno da descendência e que as mulheres são extraordinariamente fixadas
nela, fazendo QUALQUER COISA pelos filhos e filhas, especialmente os filhos.
É a lógica.
Enquanto que as filhas são as
desenvolvedoras das prenhezes postas a termo, quer dizer, dos bebês nascidos
vivos, porisso mesmo se situando na encruzilhada das potências, HÁ QUE
FECUNDAR, fazer os depósitos de esperma, o que só pode ser feito por pênis
rijos, pirús endurecidos, constituindo-se eles um índice irracional de frisson
entre elas.
Porisso paus duros são tão
valorizados.
Simples de ver: se eles não
endurecerem não será possível levar os espermatozóides até perto do útero. Daí
que os pintos rígidos sejam aplaudidos. E é porisso que elas, sendo mulheres,
valorizam os homens, EXATAMENTE PORQUE são os depositantes, que podem depositar
em todas as vaginas, indiscriminadamente, a todo instante, mas só se
endurecerem (sem perder a ternura, diria Che).
Bem, uma vez que
as mulheres giram em torno da descendência, como escolhem o depositante?
O primeiro
índice, o mais vasto de todos, é ser homem (quer dizer, endurecer; na falta de
machos, copularão com pseudomachos e até simbolizarão com pseudofêmeas e
fêmeas), ou seja, se falta homem qualquer um serve – é o índice mais largo de
todos.
O segundo apontamento é o da
escolha.
Essa escolha se separa em vários
graus.
Como vimos, os homens devem ser
portadores de futuro e os que carregam ou prometem (mesmo mentindo) carregar
maiores oportunidades de deixar a sapiência FEMININA no futuro serão agraciados
com mais úteros.
Aí temos inteligência e memória.
A inteligência seria preferida, pois
promete maiores e melhores soluções, mas é sabido que a inteligência foge
diante da força, como no jogo "tesoura e papel" das crianças (nunca
joguei).
Assim, a força será preferida;
contudo, ela é graduada – digamos que graduemos de um a dez. A FORÇA
PROVADAMENTE DESTRUTIVA e sobrevivente será ainda mais, quer dizer, os homens
guerreiros e tudo que os simbolize, como as fardas. Já ficou provado que, se
elas puderem vê-los, escolherão os pênis compridos ou largos (compridos,
largos, comprido-largos) – nisso o corpo manda. Se não puderem escolherão as
características mentais.
Vai ser muito interessante os
psicólogos reestudarem tudo isso.
Eles poderão estabelecer uma escala
que indique a chance de aceitação dos homens, todos e qualquer um, com base no
que pode ser ofertado ao futuro das mulheres, para produção de descendência:
beleza, riqueza, inteligência, enrijecimento, constância da "procura"
(existem esses eufemismos), quantidade de proteína oferecida (aquilo que as
mulheres colhiam - flores, frutos, folhas, raízes - não é muito importante; mas
festins de carnes as deixarão alucinadas, ou seja, carnes gordas e suculentas
as conquistarão), segurança do lar (útero da família), resistência corporal do
companheiro, tudo pode ser levado em conta na composição dos quesitos do quadro
de classificação.
Poderemos criar
como que um alvo, com círculos de áreas cada vez menores, o mais exterior sendo
o da generalidade: se sobrasse só um homem no mundo, por mais horroroso que
fosse TODAS as mulheres transariam com ele. Depois vai decrescendo a área,
conforme as chances de a mulher escolher, ou seja, conforme a SELETIVIDADE POTENCIAL
dela, a chance material, concreta de escolher no mercado próximo das ofertas.
Algumas escolherão o militar (os
policiais militares que andam pelo interior do Espírito Santo deixam um monte
de filhos por aí), outras o ricaço, outras o cara com grau de doutor, outras o
atleta famoso, outras o corredor de Fórmula Um, outras o ator de cinema, etc.,
mas nem todas poderão proceder assim, de forma que DEVEM ESCOLHER algum futuro.
Às vezes acertam e às vezes erram;
às vezes o predador mente e se acopla ao útero enganado que vai levar o feto
predador. Elas jogam e por vezes perdem. Devem apelar para o integrador amplo e
rápido que é o chamado "instinto", poderosa arma muito competente,
porque, dado que os homens sob tensão depositarão EM QUALQUER ÚTERO, as mulheres
é que são responsáveis por selecionar o melhor futuro.
Elas devem olhar em volta e com a
sabedoria mais que milenar dizer: "é este", e seguir em frente. Daí,
abrirão as pernas de qualquer jeito (diz o ditado: "água de morro abaixo,
fogo de morro acima e mulher quando quer dar ninguém segura"), porque é
mandamento da Natureza a que elas não podem se furtar – está cravado por
milhões de anos de evolução das moléculas.
Vitória, domingo,
14 de dezembro de 2003.
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