Tuesday, December 17, 2013

A Rodinha das Mulheres (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Rodinha das Mulheres

 

                               Depois de ter escrito Lista das Dependências Femininas (Livro 62; a lista é resumo dos artigos que tratam da mulher na coletânea A Expansão dos Sapiens) e As Luas da Mulher (Livro 63), coloco com segundas intenções sexuais e de picardia (ou implicância jocosa) o título, que acho muito engraçado.

Achamos uma classificação octal (de base oito) para o mês-da-mulher, que é o do ciclo lunar e não segue o calendário solar; em geral está associado à Lua. E classificamos em meias-luas, de modo que, sabendo da menstruação, tudo mais se pode deduzir e fazer. Essa disposição é aquela mesma, mais antiga e posta em ciclo senoidal, do modelo, lá para trás; porém facilitará tudo.

E quero fazer isso porque amo essas criaturas e me compadeço das idiotices de tantos homens idiotas (há tantas delas quanto há deles; neste particular os sexos são iguais, também).

                               Primeiro pensei que atribuir tão tremendo poder a qualquer um que fosse, fora os muito jovens e muito necessitados, poderia ser arremedo de covardia; entrementes, também é útil, porque há adaptação bilateral à força-poder de cada um e de todos, como sabemos da evolução – quando acrescentamos uma flecha, apenas momentaneamente colocamos em ebulição o líquido, levando a uma nova acomodação comportamental futura.

                               Pois é claro que dispondo da Roda da Menstruação os homens saberão precisamente quando elas estarão fragilizadas, podendo se aproximar com muito mais eficácia.

Que ocorrerá, senão o saber dos que sabem lhes dar sobrecompetência na obtenção dos favores delas?

Outros descobrirão outros meios de conseguir aptidão para sobreviver. Creio, então, que podem ser fabricadas rodinhas para os homens levarem no bolso, porque dificilmente os menos competentes saberão fazer as contas sem o auxílio luxuoso dos dedos. Uau!

                               Pois bem, queridas amigas e amantes, eis aí mais um toque (uau!) de jeito, algo de digital mesmo, e ao mesmo tempo analógico. Será interessante quando houver (o que as beneficiará também, às empresas e ao convívio com elas) um programáquina capaz de fazer os cálculos.

                               Vitória, quarta-feira, 25 de fevereiro de 2004.

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