A
Volta dos Guerreiros
Os guerreiros
(machos e pseudofêmeas) saíam (no Modelo da Caverna dos homens caçadores e das
mulheres coletoras para caçar) e ficavam na casa-caverna fêmeas, pseudomachos,
crianças de ambos os sexos, velhos e velhas, doentes e mutilados, anões e anãs.
Depois de dias,
semanas, até meses eles voltavam.
Que acontecia,
então?
Bem, era uma
festa danada e podemos imaginar o cenário: os que ficavam se dedicavam a
coletar e ao plantio incipiente, aquele inicial que tornou as mulheres
inventoras da agricultura, e caçavam pequenos animais quando eles davam
bobeira. Mas nunca era muita proteína, nunca sobrava, porque as bocas eram
muitas.
Com os guerreiros
acontecia o contrário: quando eles voltavam portavam grandes cargas de
proteínas, esburrando mesmo, de terem dificuldade de carregar nas costas,
precisando trazer arrastadas nas peles, em traves improvisadas, como fosse,
depois em lombos de animais e nos primeiros carros de rodas, as carnes, que
eram muitas.
Em todo caso o cenário era o mesmo:
gastança irrecusável, todo mundo comendo rapidinho para não estragar, uma
semana de furor, de falta de limites – que está associada até hoje ao retorno
dos homens.
E eles fatalmente traziam também
objetos que recolhiam, presentes para todos, o que deixou rastros. Então, se
for assim, os homens sentirão (depois dos dez milhões de anos dos hominídeos)
uma compulsão incrível de após longas viagens comprarem “lembranças” para os
familiares, razão pela qual em rodoviárias, em aeroportos, em portos, em
ferroviárias, até em espaçoportos NA CHEGADA devem estar as lojas que venderão
aos machos e pseudofêmeas (mas não aos pseudomachos e às fêmeas, pois essas
compram apenas para si).
É claro que isso reorienta o
comércio, mas o principal é pesquisar para vermos se é verdadeiro, isto é, se
depois de longas viagens os homens SISTEMATICAMENTE compram coisas para todos.
Isso deve ser feito em todos os
países do mundo, sempre na chegada.
Sendo tão largo assim o espectro,
certamente afirmará ou negará a tese. A investigação deve durar alguns anos e
depois se voltar para o campo, para ver se dentro ou nas redondezas das
cavernas podem ser encontrados objetos que não eram originalmente dali.
Vitória,
quarta-feira, 14 de janeiro de 2004.
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