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1 % a. a.
A humanidade vai chegar a 7,0
bilhões em 2012 (para quando está previsto o fim do mundo, segundo os maias) e
a 9,0 bilhões em 2050, dizem.
Em 1700, como mostra o primeiro gráfico,
não passávamos de 700 milhões. Aliás, segundo o texto, há 10 mil anos éramos
cinco milhões, há cinco mil anos 100 milhões, quer dizer, levamos cinco mil
anos (de 10 a 5 mil anos) para multiplicar por 20 (de cinco a 100 milhões),
menos de cinco mil anos (de 5 mil a 300 anos) para multiplicar por 7 (de 100 a
700 milhões) e menos de 300 anos para multiplicar por 10 (700 a 7.000 milhões
em 2012).
A nossa presença está sendo,
literalmente, arrasadora para o planeta, porque não se trata só de lugar de
moradia, de construções para a economia e a organização, mas, principalmente,
muito de tudo para a agricultura dos ricos (muita água para irrigação, muita
terra para gado).
Se decidíssemos diminuir a população
1 % ao ano (a. a.) em quanto tempo depois de 2050 chegaríamos a toleráveis
(talvez) 3,0 bilhões? A curva que trata disso é y = z.xn, sendo y a
população futura, z a atual, x a taxa de crescimento (- 1 %) e n a quantidade
de anos.
A surpresa é que em 110 anos, em
2160.
Nesses 100 anos haveria de início
9,0 bilhões de seres humanos em 2050 e ao final 3,0 bilhões em 2160, digamos
(não podemos realmente fazer isso porque é curva exponencial, mas para
simplificar, que seja) média simples de 6,0 bilhões x 100 anos, nada menos que
600 bilhões de pessoas-ano terão vivido na Terra, fazendo pressão enorme para
fora (sobre o planeta e a vida) e para dentro (sobre a psique humana, todas as
pessoas: indivíduos, famílias, grupos e empresas em termos de leis de contenção
e super-contenção, com extraordinária vigilância dos ambientes “intactos” que
restarem).
Não vai ser bonito de ver.
E isso se houver redução, porque se
houver aumento, mesmo pequeno, será terrível.
Se estabilizasse, em 100 anos teriam
vivido 900 bilhões de pessoas-ano, quase um trilhão de pessoas-ano, com toda a
nossa conhecida destrutividade.
Os governos têm de conversar com as
populações.
Serra, sábado, 18 de setembro de
2010.
EM-QUADRO
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Há 10 mil anos, o
modo de vida do ser humano começou a mudar drasticamente. De caçador-coletor
que havia sido até então, ele se transformou em agricultor, e começou a
explorar a terra de forma sistemática. Estima-se que a população humana,
nessa época, era de pouco mais de 5 milhões de pessoas. No entanto, nos 5 mil
anos seguintes - mais ou menos no ano 3000 a.C. - ela pulou para 100 milhões
de pessoas. A maior disponibilidade de alimento certamente influiu nas taxas
de natalidade, e deve ter sido responsável por esse aumento. Do ano 3000 a.C.
até o ano 1650 d.C. a taxa de crescimento diminuiu. A partir daí, no entanto,
vários fatores contribuíram para o aumento dessa taxa: novas tecnologias, o
desenvolvimento da ciência e a Revolução Industrial mudaram profundamente as
relações entre o ser humano e seu ambiente.
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