A Pregação dos Criminosos (da série Cometários)

A Pregação dos Criminosos

 

Hollywood desandou de vez.

UMA LISTA PARCIAL DOS CRIMES (o Cinema universal precisa ser pesquisado e a lista completada)

OS FILMES	AS AUTORIZAÇÕES
	Neste as mulheres se põem (fora da lei, claro, seria inadmissível dentro da lei, fosse com quem fosse) a matar e dar sumiço em todos que ofendem uma ou mais de uma. A última vez que houve morticínio de homens por mulheres foi ainda na República romana, há 2.400 anos; os homens responderam matando centenas de mulheres.
	Neste a ideia é que a clonização transmite a intenção de assassinar, a psicopatia e a sociopatia, o que é eminentemente contra as lições do modelo: pessoas e ambientes são coisas distintas. Embora os genes possam carregar a tensão molecular, o ambiente pode relaxá-la (a isto chamamos educação).
	Já aqui a heroína diz não se incomodar quando o herói afirma ter matado pessoas (para se “alimentar delas”; embora seja ficção, as afirmações não são). Quer dizer, conviveria com ele, mesmo sendo ele assassino confesso, o que é repugnante.
	Já neste o produtor executivo James Cameron é um dos proponentes dos assassinatos de duas pessoas que nas profundezas da caverna “estão nas últimas”, prestes a morrer: ambos são afogados.
	Este filme é muito bom, enquanto temática, mas nele o herói, a propósito de conseguir sobreviver, bebe sangue humano (beber qualquer sangue já seria deplorável, mesmo esse que bebemos dos animais mortos para aproveitamento da carne).
	Neste, baseado em Edgar Alan Poe, as maiores atrocidades são cometidas em nome da imortalidade pretendida (que seria a pregação de que qualquer coisa vale para se viver mais).
	Este justifica o herói se vingar do assassinato de filha e esposa matando dezenas, visando lhes dar lição a respeito da justiça correcional-prisional.
	Este expõe tantas baixarias (não se esqueça de que as crianças podem assistir tudo isso e muito mais, aceitando com tolerância o que neles é pregado) a ponto de ser indescritível: só mesmo vendo.
	Este é abominável e absolutamente desprezível, empregando atores que já fizeram boas atuações, como Madsen e Assante, para emprestar alguma credibilidade a um dos piores filmes que já vi, completamente sem sentido.

Eis aí: atores bons ou medianos como Foxx, Butler, Cusack, De Niro, Graham, Madsen e Assante cedendo seus nomes e carreiras à transferência de falsos valores e pura malignidade. Será que eles não leem os textos ou não têm quem o faça, avaliando a mensagem geral e a particular? Só pensam no dinheiro? Não refletem sobre o mal que estão causando às crianças em formação?

Eis ao que os magos ordinários querem conduzir o mundo.

E seu gado artístico segue o pastoreio sem reclamar.

Serra, sábado, 02 de julho de 2011.