As
Árvores que os Políticos Plantaram
Antigamente eram “santinhos”,
pequenos retângulos impressos aonde vinham as imagens e as fotos dos candidatos
na época dos “cabos eleitorais”. Depois passaram a carreatas, a showmícios
(comícios-shows, a que estavam agregados atores-atrizes, cantores-cantoras), a
trio-elétricos, a todo tipo de coisas. Agora são os banners e os web-comícios.
Banners são milhares, cada qual custando 80 reais, não sei onde arranjam tanto
dinheiro, pois deles não é.
Ao lado nos banners-manchetes os
candidatos financiam e colocam seus adeptos ou vice-versa. O candidato que
“chama votos” é colocado adiante ou atrás do candidato secundário. O candidato
principal planta uma verdadeira árvore, com dúzias de raízes secundárias.
Tudo isso é muito interessante e
merece - tanto história quanto geografia - não um, mas vários livros.
É interessantíssimo.
Contar ponto-a-ponto a geo-história
das candidaturas, todas como generalidade e as mais interessantes como
particularidade, tanto nos levaria a rir muito quanto nos ensinaria sobre a
civilização como todo.
Quantos secundários se ligam a cada
primário?
Quanto há de prevaricação, de
mistura de secundários de um com primários vários?
Quanto há de traição e prostituição?
De onde vêm os fundos?
Só as histórias de endividamento que
circulam já são tremendamente hilárias.
É absolutamente incrível que os
autores não tenham se interessado e, depois deles, os pesquisadores acadêmicos
a respeito desses aspectos todos das eleições brasileiras e universais, desde
muito tempo atrás!
Uma editora viveria praticamente
para sempre só com esse filão de risos e enganações e auto-ilusões, o que ainda
puder ser rastreado na mídia geral (TV, Revista, Jornal, Livro-Editoria,
Cinema, Rádio, Internet), nos depoimentos que estão morrendo, em objetos,
desenhos, fotografias, pinturas e no resto.
Ah, meu Deus do céu, quanto riso, ó
quanta alegria!
Vitória,
quinta-feira, 16 de setembro de 2010.
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