Asteróide
Gigante
O Notícia Agora, meio-jornal de A
Gazeta, lançado para combater A
Tribuna (O Jornal que Não se Dobra), noticiou em 02 de agosto de 2002,
página 24, que um asteróide “gigante” de um quilômetro iria passar a 530 mil
quilômetros da Terra.
Devemos analisar essa
notícia.
Em primeiro lugar, a
Terra tem 6.372 km de raio, 12.744 km de diâmetro. Se tomarmos esta distância
como MD, Metro Diametral, aquela
onde irá passar o asteróide dista 44 MD. Se um ser humano tiver dois metros,
seria como uma bala passar a 88 metros de distância, para cima. Note que seria
uma bala que não faz barulho, totalmente silenciosa.
Tal “bala” teria, por
comparação com os 44 MD, um diâmetro de 0, 000.078.468 MD. Comparada com o
corpo humano, 0,16 mm. Então seria uma “bala” de 0,16 mm passando a 88 metros
acima de nossas cabeças, sem fazer qualquer gênero de barulho.
Depois, o asteróide tem
um quilômetro, por comparação com o maior que há no Cinturão de Asteróides,
Ceres, de 1.200 km no eixo maior. Não é “gigante” coisa nenhuma. Então, como é
que um descuidado jornal de província diz algo assim? É que, desde Carl Sagan e
outros astrônomos e astrofísicos americanos, deram de se preocupar com os 300
mil meteoritos que se supõe estarem em volta da Terra.
É claro, alguma
preocupação deve haver, porém não exagerada. Esses meteoritos, conforme eu já
disse noutro texto, estão EM EQUILÍBRIO GRAVITACIONAL há milhões, há bilhões de
anos. Não nos ameaçam, a menos que haja uma perturbação vinda de fora. Como a
Rede Cognata mostrou, são os meteoritos soltos = MORTES SÚBITAS que são
preocupantes. Esses estão gravitacionalmente ligados. Se não caíram não cairão
mais. De qualquer forma, dizem os cientistas, seria impossível, com a
tecnociência de agora, saber com muita antecedência se um se dirigisse à Terra
– ao contrário do que se pensa.
Como diz a sabedoria
popular, não é bom mexer com quem está calado, quieto, sossegado. O TAO, a
dialética e o modelo dizem que quando interferimos numa coisa, tentando evitar
seus efeitos, só os potencializamos.
Tudo deve ser cuidadoso
demais, sem celeuma.
Os jornaizinhos estão
fazendo bagunça por algo que nem entendem, que não sabem como tratar. Como diz
o povo, em sua infinita sabedoria, isso é briga de cachorro grande – os
pequeninos não devem entrar.
Vitória, sábado, 03 de
agosto de 2002.
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