Causa e Conjunto de
Causas
Silas é o labrador Pink nose de Gabriel,
meu filho.
Nitidamente ele foi capaz, ao avançar de
dois meses aos 5,5 anos atuais, de perceber várias palavras, fazendo injunções
fracas que envolvem poucos elos. Testei muitas vezes. Como já falei, ele se
situa oito ou nove degraus para trás na montagem que nos levou de
indivíduos-indivíduos a indivíduos-mundo, sete saltos, mais primatas a humanos,
animais a primatas – outras dois, formando nove.
Ele poderia esbarrar no interruptor e acender
a luz; se fizesse isso numerosas vezes poderia, do jeito que é esperto, até ver
uma ligação muito fraca. Há seres humanos que pouco passam disso, dessas
ligações fracas, mas todos são muito mais espertos que Silas.
Evidentemente, você vê, poderíamos
classificar os seres humanos numa escala de degraus-de-ilações ou deduções
(isso liga àquilo, que liga àquela outra coisa e assim sucessivamente), até os
mais espertos entre nós. Há gente que consegue encaixar cinco, seis, sete pares
de parênteses, abrindo-os todos corretamente logo em seguida.
Há uma causa e há conjuntos de causas,
várias ordens de grandeza acima do mínimo que seria, digamos, acender a luz,
ligar o toque-no-interruptor à luz-acesa. Crianças fazem isso ao jogar com a
mãe ou o pai em volta de uma coluna, correndo para a esquerda ou a direita e de
volta até cansarem.
Pegue um avião: é necessário, para o
correto funcionamento dele, juntar milhares de objetos, e correlações deles, em
tais ou quais posições, com dimensões designadas, com descrições de dureza e
resistência dos materiais, com formas e conteúdos, uma infinidade mesmo – uma
sociedade primitiva não poderia pensá-lo e ter avião é próprio de sociedades
complexas, em avançado estado de percepção das leis e modos operativos das
ciências e das técnicas.
Aviões não teriam sido possíveis nas
sociedades humanas dos sumérios, dos egípcios antigos (ou mesmo
pós-contemporâneos; estes compram de outros que os sabem fazer), dos romanos
antigos, dos persas antigos, dos celtas, dos vikings, dos incas, dos astecas,
dos maias, dos caiapós, dos angolanos e assim por diante. Aviões denotam
avançados estados de tecnociência e sócioeconomia. Indicam avançadíssimos
conjuntos cooperativos de causas.
Nós podemos classificar os cinco “mundos”,
grupos de países, por seus domínios dos conjuntos de causas. Podemos pegar
processobjetos como conjuntos-de-causas (CdC), um por um, e ir perguntando
quais, dentre os 196 países, sabem fazer isso e aquilo, colocando no topo
aquele país que opera o maior grupo de CdC’s.
Esse é um excepcional modo de classificar
as nações.
Naturalmente que as mais avançadas na Terra
são os EUA, o Japão, a Europa dos 27 (dentro desta uns mais e outros menos).
Serra, quarta-feira, 03 de agosto de 2011.
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