Tuesday, November 05, 2013

Como a Psicologia Artificial nos Verá (da série Expresso 222..., Livro 5)


Como a Psicologia Artificial nos Verá

 

                        A Psicologia de N.3, a terceira Natureza, informacional/p.4, que virá a após a nossa, de N.2, segunda natureza, psicológica/p.3, será muito diferente, não apenas pelas expansões artificiais de memória como pela manipulação genética, que é também artificial. Será mais distinta de nós do que somos dos trogloditas, os habitantes das cavernas de 10 a 50 mil anos atrás. E isso não em milênios, mas em séculos e até em décadas.

                        Quando a gente lê as descrições da ficção dita científica, pomo-nos a gargalhar, porque nada se parece com a atualidade, exceto Júlio Verne e, muito menos, H.G. Wells. E isso gente de 100 a 150 anos atrás, para não falar dos que escreveram, por exemplo, em 1770, por aí. É totalmente risível. Ainda coisa de 1950 a 1960 projetavam futuros nos quais, no século XXVI os engenheiros puxavam do bolso réguas de cálculo, que poucos ainda se lembram como eram e o que faziam. Crianças e adolescentes nenhuns o saberão, mas fui ensinado a usá-las ainda em 1971.

                        Muito mais acelerada será a evolução/revolução de agora. Ora, em 1990 o número de internautas nos EUA era zero (para não falar do Brasil, onde a Internet começou em 1995), ao passo que agora já são 600 milhões no mundo - nos Estados Unidos talvez todos os lares estando conectados.

                        A FC não presta esse serviço, não serve de guia rumo ao futuro. Mas, ao ser lida, abre os horizontes, faz os adolescentes sonharem, transforma-os em adultos que irão pesquisar aqueles sonhos – com isso construindo muito mais do que o fariam sem aquela guia.

                        Se os chips de computador, segundo a pseudolei de Moore, dobram de poder a cada 18 meses, se tomarmos que o conhecimento faça isso a cada sete anos, então em 10 x 7 = 70 anos teremos 2 no 7º ano, 4 no 14º, 1.024 no 70º. E o que seria multiplicar nosso conhecimento (inavaliável não só individual como coletivamente, pois há muita coisa oculta nas bibliotecas, nos objetos, em tudo) por mil? E se for a cada 14 anos teríamos mil vezes tanto quanto em 140 anos. SE for em 21, 280 anos. De qualquer modo é assustador.

                        Agora, repare que a coisa é exponencial, e muito mais exponencial que imaginamos, pois as máquinas pensantes e as criaturas novas começarão a progredir NO RITMO DELAS, não no humano, que é mais lento – NUM RITMO EXPONENCIAL DA EXPONENCIAL. Não y = xn, mas w = zy. Aceleração da aceleração.

                        Primeiro eles integrarão todo o conhecimento humano, tudo que já foi feito, no processo de aprendizado. Depois recusarão as sandices, compactando tudo. A seguir, do relativamente pouco de válido que restar irão começar seu próprio progresso aos saltos e aos hipersaltos depois, como gigantes. Mais tarde irão reconstruir as próprias criaturas de carbono e reprogramar o planeta.

                        Vá ler o preâmbulo no modelo, sobre os novos seres, tal como discorri sobre eles em vários textos.

                        Nós os construiremos, ELES SE CONSTRUIRÃO SEM NOSSA INTERVENÇÃO, e por último eles nos reconstruirão, e daí por diante numa tabela de rápida infinitização.

                        As pessoas quase todas não conseguem pensar, mas é tudo tão simples! Simplíssimo, de fato. E assustador. Matrix é nada perto disso.

                        Vitória, quarta-feira, 24 de julho de 2002.

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