Naves
Fotográficas
A NASA (Agência
Norte-Americana de Aeronáutica e Espaço, na sigla decaída brasileira ANAE, que
vigorou na década dos 1960 e parte dos 1970), as agências européias, a russa
(antes a soviética), a japonesa, a chinesa, a hindu, a brasileira, só pensam no
espaço circunvizinho do Sol, no Sistema Solar, só o ponto de vista da ordem,
quer dizer, sob a ótica da prospecção ordenada.
Então, enviam custosas
naves únicas, dirigidas desde a Terra, quando uma só delas poderia levar
centenas e até milhares de naves fotográficas, quer dizer, que fossem pouco
mais que uma máquina ou uma câmara fotográfica, para fazer fotos ou filmes,
mais um receptor e um transmissor, quer dizer, uma antena e um rádio, mesmo
pouco potente (com os imensos telescópios de base larga agora é possível ouvir
um rádio à pilha em Plutão).
Tais aparelhos
minúsculos quase nenhuma energia necessitariam, sem falar que o pouco que
precisassem poderia ser obtido com velas solares, para irem a qualquer parte,
por meio de pequenos processadores muito miniaturizados.
Um avião grande pode
levar 100 toneladas (cada nave pesando 10 kg, seriam 10 mil de cada vez) até 20
ou 30 quilômetros de altura, dali disparando as câmaras eletromagneticamente
por impulsor ao espaço livre do campo gravitacional terrestre, onde as NF
(naves fotográficas) seriam soltas caoticamente em todas as direções e
sentidos. Quando colidissem com os planetas tanto melhor, pois enquanto caíssem
iriam tirando fotos. Dotadas de radares miniaturizados também, poderiam ser
enviadas com IA (Inteligência Artificial – é falsa inteligência, mas serve,
teleguiada desde a Terra) ao Cinturão de Asteróides, aos satélites, a cada
pontinho do SS, seguidamente e aos milhares, literalmente.
Em uma ou duas décadas o
SS todo estaria mapeado à exaustão, segundo o ritmo do caos, fora das
preferências humanas, com as surpresas esperadas. Do jeito que vamos tudo é
exasperantemente lento. E tudo isso porque se fixaram só num dos pólos
opostos/complementares.
Vitória, sexta-feira, 09
de agosto de 2002.
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