A
Física das Flechas
Continuando a questão da queda dos
meteoritos e cometas, podemos perguntar sobre as minúcias do confronto entre o
gigante (toda flecha sempre é grande em termos de nossa consciência humana;
mesmo a menor delas se torna interessante porque causaria danos enormes hoje) e
“nosso” planeta.
INVESTIGANDO
O CENÁRIO (a
flecha-batata cria uma zona de alta temperatura na frente ao entrar em contato
com a atmosfera; mesmo antes de cair derrete em parte e esse ar quentíssimo
começa a queimar com extrema violência as redondezas)
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Se o impacto se dá em terra é ruim,
porque ela é queimada junto com as árvores, água superficial e água profunda,
mas se acontece no mar é MUITO pior. Não é apenas, como dizem, de subir água e
poeira para a atmosfera, criando um inverno artificial e estragando as
colheitas da Natureza por anos a fio, até décadas. O cenário é MUITO, MAS MUITO
MESMO mais complexo.
Em primeiro lugar o ar frontal e
lateral é queimado é se espalha pela atmosfera torrando tudo. Depois, se cai na
água do oceano, este vaporiza a altas temperaturas, espalhando-se também
concentricamente pela atmosfera vários milhares de quilômetros, até, não se
falando das ondas enormes geradas.
Podemos pensar que tais
circunferências, se expandindo, destruam tudo no caminho, principalmente vida e
minerais; a letalidade de tal fenômeno só poderá ser vista na medida em que os
programáquinas autorizados e competentes sejam capazes de RETROMODELAR, modelar
para trás o fenômeno desde o primeiro momento no espaço, quando começa a queda,
a entrada na atmosfera terrestre. As circunferências concêntricas vão se
espalhando no globo, puxadas pela gravidade, formando círculos dobrados sobre a
esfera, arruinando tudo no caminho.
Depois, na queda, a frente do
meteorito é plastificada - assim como o solo - pelo “calor precursor”, chamemos
assim, de centenas ou talvez de milhares de graus. Essas duas frentes plastificadas
entram em contado: como foi amaciada a penetração, a flecha cava ainda mais profundamente
do que se fosse frente dura dela contra resistência dura do solo. Começam então
os efeitos de duas hemisferas, uma para cima, convexa, e outra para baixo,
côncava; a de baixo, interior da Terra, gera ondas concêntricas de expansão
esférica, modificando tudo enquanto adentram: mudam os regimes superficiais e
os profundos, neste caso as águas de aqüíferos e o ar incrustado nas cavernas –
tudo é remodelado com uma celeridade pavorosa. Vulcões explodem por toda parte
e há inumeráveis jorros de lava nos anos seguintes. Todo o globo terrestre é
reconfigurado, mesmo por flechas “pequenas”; só saberemos realmente quanto
quando os filmes forem feitos.
Evidentemente - como meu filho
calculou - mesmo uma flecha pequena de dois quilômetros de diâmetro gera
milhões de vezes a temperatura mínima de 58 mil graus e a pressão de mil e
duzentas atmosferas necessária à formação de diamantes, de modo que havendo
carbono (por exemplo, de jazidas de petróleo e gás) serão formadas placas
imensas deles por aí, dado que na Terra serão, proporcionalmente com os 30 mil
da Lua, uns 400 mil buracos, dos pequenos aos realmente grandes.
É uma das físicas mais interessantes
e é sobremaneira esquisito ninguém ter se interessando, havendo 6,0 mil
universidades, 8,0 mil bancos e 6,5 mil profissões na Terra, com os 500 mais
recentes anos de relativamente avançada tecnociência, especialmente no século
XX.
São cenários maravilhosos, não se falando
de danos humanos e vitais, só pela coisa em si mesma. Maravilhosamente
plásticos e soberbamente belos. Todavia, foram tratados de forma boçal, para
dizer o mínimo, como se fossem apenas jorros de água.
É um dos CHOQUES FORMADORES mais
extraordinários, diferentes daqueles outros em planetas mortos.
Vitória, sábado, 16 de setembro de
2006.
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