As
Flechas de Vênus
No livro A Mais Bela História da Terra (As
Origens de Nosso Planeta e os Destinos do Homem), Rio de Janeiro, Difel, 2002
(sobre original francês de 2001), vários, na p. 116 um dos entrevistados diz: “(...)
a Terra é, aliás, o único planeta que modifica suas paisagens dessa maneira”
(com a tectônica de placas – sequer fala das flechas, quer dizer, dos
meteoritos e dos cometas).
Não pode ser
assim.
Primeiro, os
mecanismos são gerais, inespecíficos, não visam A ou B, tal ou qual planeta privilegiado;
as estruturas são, nesse nível, físico-químicas, não especificando nenhum
objeto celeste.
Segundo, os planetas interiores ou
terrestróides são todos do mesmo tipo, porisso mesmo são chamados de
terrestróides, isto é, que possuem a forma da Terra. E não só a forma, o
conteúdo também.
O que poderia ser
diferente?
Bem, a
termomecânica (e não termodinâmica) seria diferente.
Para começar, do Sol para fora,
Mercúrio, a Lua e Marte não possuem atmosfera e assim, consistentemente, todos
estão presentemente esburacados, porque a erosão pela Bandeira (pelo ar, pela
água, pela própria terra/solo em suas convulsões e choques, pelo fogo/energia,
pela vida, pela vida racional) não se dá, exceto em Marte em razão do
permafrost, como disse mais adiante. No caso de Vênus, onde não existe vida nem
muito menos vida-racional, estas não erodem o planeta, mas na Terra sim,
fortemente.
Assim, para os
três planetas citados (a Lua é, com toda certeza, um planeta que orbita a
Terra), os buracos das flechas ainda são visíveis, o que será muito útil, como
já vimos.
Para Vênus e Terra a erosão varreu
quase tudo, especialmente em Vênus, onde é mais quente em média uns 430 graus Celsius,
com enorme efeito estufa que obnubila ou escurece tudo. Onde não há atmosfera
para conter o calor enviado pelo Sol, este vaza rapidamente para o espaço e com
ele vai o calor interior gerado pelo decaimento radiativo; na Terra e em Vênus
o calor flui para fora muito mais lentamente. Na Terra a estase termomecânica
se dá a 90 metros de profundidade e em Vênus deve ser mais para baixo ainda, de
forma que o manto em Vênus deve estar muito mais longe da superfície, bem
derretida, como os tecnocientistas demonstraram.
Assim, na Terra
as placas estão secas e frias, mas em Vênus estão “molhadas” e quentes, elas
FLUEM COM UMA INTENSIDADE SEM PAR. Lá existem crátons fumegantes, arcos de
montanhas imensas e Lobatos de fogo, ao contrário da Terra, onde tudo é
delineado e facilmente visível. Não existe lugar no sistema solar onde as
crateras possam ser tão espetaculares. Elas não desaparecem tão rapidamente
quanto na Terra, porque em Vênus operam apenas quatro dos seis elementos da
Bandeira Elementar.
Onde caem flechas
operam os dois efeitos:
PARA
TE ENCONTRAR FIZ COISAS QUE VOCÊ NÃO ACREDITA (canta Roberto Carlos)
·
efeito
vertical que incrementa energia no sistema planetário, além de rebentar a
crosta em placas, compondo os cenários na perpendicular;
·
efeito
horizontal que empurra as placas e as faz rodar, compondo os cenários de
superfície.
Assim, onde caíram flechas,
rebentaram as crostas em placas e elas se mexeram, criando várias composições
continentais. Caíram flechas em todos os planetas, inclusive na Lua. O que há
de diferente na Lua, em Mercúrio e em Marte é que eles ressecaram há muito tempo,
e congelaram, as placas endureceram, movendo-se mais devagar – mas continuam se
movendo, compondo os arcos de montanhas, os Lobatos, os oceanos, as fissuras
meso-oceânicas. Se caíram as flechas em todos, em todos há; a questão é somente
de que tipo e quanto. Nos três, menos, na Terra mais e em Vênus ainda mais.
Não é só na
Terra, nem de longe.
Em todos os terrestróides há; há nos
satélites dos jupterianos; e há nos jovinianos, só que durando quase nada,
porque são planetas gasosos.
Os autores estão
enganados.
Vitória,
sexta-feira, 08 de outubro de 2004.
AS
FLECHAS DE VÊNUS
(na Internet) – mostram todas as características da teoria, exceto o rio que
deveria sair pelo LMB, ladrão-mais-baixo, o lado mais baixo da cadeia circular
de montanhas.
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