Coacervados
em Terra
A notícia é sempre a mesma, querendo
dizer que uns copiaram de outros – é cola. Como a gente sempre acompanha os
tecnocientistas, acreditei também.
Depois pensei que no mar há muito
mais forças em ação (desde aquelas reações aos movimentos da Terra –
translação, rotação, nutação, precessão dos equinócios – até as externas ao
planeta, como energias cósmicas e luz e calor do Sol; passando pelas do
interior do planeta e pelas influências gravitacionais combinadas do Sol e da
Lua) que em terra.
No mar a tendência seria a dos
rompimentos dos conjuntos, das aglomerações nos coacervados.
Não, tinha de ser no solo, tinha de
ter acontecido em terra, nalguma poça, em particular em um ou em todos os
panelões de que estou falando há bastante tempo e agora mostrando com as
facilidades do Google Earth.
Poderia ter sido numa poça reservada
e tranqüila da qual vazasse para o mar através dos rios, mas só depois de
formada num primeiro lugar. Poderiam ser esporos que fossem contaminando,
saindo de uma poça num vulcão alimentado de energia ou num lago profundo como
os compridinhos da África na Forquilha ou o compridinho da Ásia, o Baikal, ou qualquer
lugar ao abrigo dos ventos e das tempestades, um lugar onde não chovesse
demasiado, qualquer local plácido onde os raios do Sol alimentando, os raios
cósmicos provocando mutações, a radiação interior da Terra ajudando, tudo
contribuísse para montar as cadeias moleculares.
O mar é violento, tem muitas ondas,
sobe e desce, se movimenta para diante, para baixo e para cima, está sempre
sofrendo alterações.
Na terra, não, num lugar tranqüilo e
sereno, num lugar pacato e a salvo de meteoritos, numa região de muita paz, uma
poça qualquer pode ter produzido o primeiro aglomerado. O melhor meio de sair
seria voando, pequenas formas de vida voadoras que saíssem por aí planando e
contaminando a Terra.
Nunca no mar, sempre em solo firme.
Porque, se as cadeias moleculares
são rompidas a todo instante, como é que cadeias longas irão se formar? São
linhas de programação, algumas bem complexas, que devem ficar estáveis por
longos períodos.
Pensando bem, o mar é uma negação.
Muita água, mas água demais, muito
violenta e inquieta.
Não, devia ser lugar calmo mesmo,
existindo assim por éons, intocável, plácido, quieto.
A minha opinião agora é de que a
vida surgiu em terra.
Não pode ter sido de outro jeito.
Vitória, 25 de fevereiro de 2007.
NOTÍCIAS DOS COACERVADOS
Origem da vida na Terra
Até hoje não existe uma resposta
científica definitiva sobre a origem da vida no planeta. A primeira idéia foi
a de que a vida teria vindo do espaço, fruto de uma "semente" de
outro planeta. Hoje a hipótese mais difundida é a da origem terrestre. A vida
surge há cerca de 3,5 bilhões de anos quando o planeta tem uma composição e atmosfera
bem diferentes das atuais. As primeiras formas surgem em uma espécie de caldo
de cultura resultante de complexas reações químicas e de radiação cósmica.
Teoria dos coacervados
Anos depois, Oparin diz que as
moléculas protéicas existentes na água se agregam na forma de coacervados
(complexos de proteína). Essas estruturas, apesar de não serem vivas, têm
propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais
complexo. Da evolução destes coacervados, surgem as primeiras formas de vida.
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- OS SERES VIVOS -
A origem da vida O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. Sua aparência inicial era completamente diferente da aparência que tem hoje. Não havia nele qualquer tipo de ser vivo. |
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