Efeitos
das Projeções das Flechas
Quando os
meteoritos e cometas caem, podemos vê-los como flechas; cuja incidência se dá segundo
quadrantes, pois podemos reduzir os 180º de horizonte a horizonte a apenas 90º
de chances de queda (o outro lado está contemplado na modelação matemática).
Num quadrante, a chance seria de
1/90, mas como estamos no espaço, olhando de cima veríamos quatro quadrantes
relativos aos oito octantes do espaço. Como há outros 90º (ele não cai
exatamente no plano de um dos 90º possíveis), a chance de queda é de 1/(90x90)
= 1/8.100. Além disso (estudamos tais quedas; devem ter caído 154 desde o
hipergrande HG-4017, de 4,0 bilhões de anos atrás), estamos muito longe de
presenciar todos os ângulos de incidência. Sendo a chance de cair fora do plano
vertical, 90 vezes tanto quanto nele, é possível que a maioria tenha caído, com
maior certeza, fora do plano vertical.
Se fosse nesse
plano vertical – já vimos isso – as posições iriam desde a tangente rascante,
“rasgante”, que arranha, aquela que tocasse a superfície pelo lado de dentro,
até outra na vertical perfeita (as chances respectivas de cada queda são de somente
uma em 90), a direção-sentido de ação seria para frente, com reação para trás:
no caso da composição Brasil-África, o movimento atual do Brasil se dá como ação
residual do vetor inicial na direção-sentido oeste-sul, sudoeste, e o da África,
enquanto reação, direção-sentido norte- leste, nordeste.
Assim, por toda
parte se distribuem os sucessivos efeitos dessas 154 quedas:
1) no plano vertical há uma
componente vertical em OY que rebenta a placa, que a racha;
2) no plano horizontal, uma
componente em OX, que a empurra.
Suponhamos que caia uma a cada 26
milhões de anos; supondo também a de 13 milhões de anos atrás, onde quer que
tenha caído, ela distribuiu seus efeitos SOBRE OS OUTROS EFEITOS, os anteriores
todos. Eles foram sendo somados uns aos outros, indefinidamente.
Juntando a isso as bolas de gelo
(congelamentos) e as bolas de fogo (aquecimentos por várias causas, inclusive vulcanismos
acentuados), na realidade, sob a ótica da Vida a Terra é um inferno de
acontecimentos, de eventos geológicos, de estremecimentos, de fenômenos
assustadores, de abalos extraordinários, de congelamentos e esquentamentos
sucessivos.
A Vida é um acidente, enquanto estão
acontecendo os bombardeios.
A Vida age muito rápido, enquanto as
flechas não vêm.
Ela pula de banda para escapar ao
tiroteio. Quando os projeteis batem nela, distribuem os efeitos poderosamente
por toda a pele do planeta. Este vibra, balança, reverbera – os efeitos fazendo
a Terra pipocar, chacoalhar.
E a todas essas a pálida mancha da
Vida vai resistindo com valentia.
Vitória,
quinta-feira, 16 de setembro de 2004.
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