Monday, December 02, 2013

Família de Flechas e Choque de Ondas (da série Material Sensível, grupo Teoria dos Panelões)


Família de Flechas e Choque de Ondas

 

                               Temos visto neste Livro 109 os textos sobre a visão da queda seqüencial dos membros de uma família de flechas (família de cometas e família de meteoritos; são distintas e os efeitos muito diferentes); as flechas são tratadas displicentemente, mas estas perguntas que tenho feito vêm mostrando sua tremenda complexidade.

De fato, cada um dos dois grupos é diferente e cada família em especial é distintíssima, tanto em tamanho, letalidade, composição, ângulos particulares e somados de quedas, quanto na distribuição temporal e espacial das conseqüências. Como são milhares e milhares de quedas, só das grandes mais de uma centena, os cenários desenhados são espantosamente diversos.

                               Na realidade, talvez sejam centenas de milhares as combinações no sistema solar e só por isso, no conjunto, motivo apaixonante para várias vidas, mesmo com os melhores supercomputadores do futuro.

                               Agora, mais significativo ainda que as quedas é a mistura de ondas entre si, uma se chocando contra cada uma e todas, e cada uma batendo nos crátons, no manto, na crosta e em tudo que existe acima e abaixo do nível do mar.

É apavorante ver que ninguém se virou para isso até hoje.

É como haver um lindíssimo restaurante, muito belo em termos arquitetônicos e paisagísticos, com excelente chef e bom em tudo, sem ninguém para usar os serviços.

Desperdício puro.

De fato, tal desatenção denota quão desconcertantemente desprevenidos somos. Pois imagine os efeitos secundários da queda do cometa SL acontecido em Júpiter (lá as nuvens espalharam os efeitos rapidamente, disseminando-os e distribuindo-os, de modo que pouco restou enquanto destruição, pois Júpiter é grande demais), caso acontecesse na Terra: aqui não há tantas nuvens e as implicações mais pesadas aconteceriam no solo ou na água.

                               Ondas de todo tipo se espalhariam recursiva ou iterativamente por dias, semanas, até meses ou anos, acomodando-se lentamente, até que o mundo estivesse numa nova média em tudo, inclusive na Vida.

As estações seriam reconfiguradas, os continentes, o ar, a água e tudo mesmo. O maior dano viria dessas ondas nos vários meios.

Para os pesquisadores não poderia haver cenário conceitual melhor e mais denso de oportunidades para matematização.

                               Vitória, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005.

                  

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