Praceando
Soma de PRAÇA com
PASSEAR, passeando-na-praça.
Como já disse no
texto deste Livro 75, Sentando Praça,
tenho a percepção firme dos pequenos, insignificantes serviços relativos que as
prefeituras de (estimadas 300 mil, com três milhões de bairros – gostaria de
ver um levantamento completo no mundo) todas as nações prestam aos povelites.
Elas
não vêem a oportunidade de tornar a praça um roteador, um centro que co-move a
todos, povo e elites, fazendo-as convergir e con-versar, versar juntas.
A
Praça geral deveria ser um CENTRO DE CONVERSAS, de passagens de experiências,
de transferências de motivações postas justamente pelos governempresas, que ali
colocariam OS TEMAS DE CONVERS/AÇÃO, ato permanente de conversar.
Qual
é o tema proposto em tal ou qual praça?
Que
motivação a prefeitura está apresentando em tal ou qual momento?
As praças são
espaçotempos mal-utilizados. São mal-aproveitadas, como tudo que é público.
Que
rendimentos se poderia tirar das praças para PESSOAS (indivíduos, famílias,
grupos e empresas) e para AMBIENTES (cidades/municípios, estados, nações e
mundo)?
Enquanto
espaços no tempo que custaram dinheiro para ficar prontas, as praças deveriam
dar lucro, embora não necessariamente monetário, ainda que não se deva
descartar.
QUAL É A SITUAÇÃO PELA QUAL PRAÇAS?
·
PRAÇA
DA TECNOLOGIA: com profissionais apresentando os
avanços que tenham conseguido imaginar nas academias, nos institutos, em suas
casas, em suas empresas, nos governos, e do outro lado os solicitantes. E
vice-versa;
·
PRAÇA
DE NEGÓCIOS: como poderíamos ampliá-los? O que
outros povos têm a dizer? O que palestrantes podem nos ensinar? O que deu
certo, o que deu errado? Um lugar de trocas, mas não mais como antigamente, em
espécie e sim de investimentos, de conhecimentos, de saberes, de receios, de
desapontamentos, de alegrias, de novidades;
·
PRAÇA-BEBÊ:
não apenas para bebês passearem com suas
mães, mas para médicos puericultores, psicólogos, pedagogos, professores,
educadores infantis, nutricionistas, literatos, poetas, tecnartistas, vendas de
objetos, etc.;
·
PRAÇA
CHEIROSA: todo tipo de perfumes. Para o lar, o
armazenamento, a saúde, a segurança, os transportes, os veículos, repartições,
fábricas, flores e todo tipo de coisa que possa perfumar as vidas de todas as
pessoas;
·
PRAÇA
LITERÁRIA: tanto do lado dos escritores quando dos
editores, dos gráficos, de todos os envolvidos, dos livreiros. Com lojas, com
bancas de revista, com livraria, com venda de programas para escritores,
dedicada exclusivamente à tecnarte de escrever;
·
PRAÇA
DE MÍDIA: quiosques de TV, de Revista, de Jornal,
de Livro/Editoria, de Rádio, de Internet. Com profissionais contratados (em fim
de carreira) para explicar os assuntos, com lojas expondo objetos, com
livraria, com museu. Ali os profissionais das empresas ativas poderiam arranjar
muitas matérias, conversando com as pessoas. Ou descobrir novas idéias ao
conversar entre si (embora tendam a ser ciumentos, guardando para si);
·
FORÇA
NA PRAÇA: as Forças Armadas fazendo média com os
povelites, propaganda macia e tranqüila, conversando sobre a defesa nacional,
sobre investimentos no reaparelhamento, sobre a destinação dos recursos.
Trabalho de divulgação e sustentação, amenizando as asperezas e os
desconhecimentos, fazendo os povelites amarem suas forças;
·
PRAÇAS
DA PROTEÇÃO: Praça do Lar, Praça do
Armazenamento, Praça da Saúde, Praça da Segurança e Praça dos Transportes
(passado, presente e futuro), ou inteiras ou como frações de 1/5. Na OS,
prevenção e cura. Na prevenção, a participação empresarial e a governamental.
Na governamental, pesquisa & desenvolvimento.
Em
resumo, não há um grupo-tarefa que incida sobre a Praça geral, que a repense,
que extraia tudo dela; ela é largada lá, como um favor menor ao povo, sem
grandes emoções, sem quase renovação alguma.
Enfim,
os governempresas não as vêem como as coisas maravilhosas que poderiam ser!
Vitória,
domingo, 04 de abril de 2004.
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