Roças
Urbanas
Já sabemos do
modelo que os pares polares oposto-complementares devem ser de soma zero ou
quase isso, 50/50, meio a meio.
O par cidade/campo obviamente está
deslocado, muito peso do lado urbano, com grande concentração de gente,
chegando já no Brasil a 80 % ou mais de população urbana e em algumas nações a
94 %, parece.
Sabemos também que o ciclo trará com
o tempo o outro lado da oscilação, voltando-se ao campo, mas tudo isso está no
longo ou longuíssimo prazo, dentro das regras que estão fora do nosso alcance. O
que podemos fazer é minorar o mal que está sendo feito e que, com a grande
pressão atual, trará no porvir enorme deslocamento contrário, inchando o campo,
também erradamente.
Diz de quão
descuidados são os governempresas o não existir nas cidades frações da roça ou
campo; o que podemos ter é, quando muito, praças, alguns canteiros centrais em
ruas e avenidas, alguns parques, coisas desse tipo.
Não existem, em lugar nenhum do
mundo, reproduções pelos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações ou
mundo), por seus representantes (governantes do Executivo, políticos do
Legislativo, juizes do Judiciário) para as PESSOAS (indivíduos, famílias,
grupos e empresas), do espaço da roça, como já pedi, por exemplo, fazendas
funcionais inteiras com pastos, currais, gado, casa grande (sem senzala),
lagos, açudes, etc., até pelo motivo de os terrenos urbanos serem muito caros.
Mas as prefeituras poderiam
desapropriar ou fazer em espaço menor, simbolicamente, fazendas-modelo
representativas às quais jovens e adultos pudessem ir apenas estar ou
participar.
Sempre haverá
algum terreno menor ou maior que as prefeituras poderão adquirir para
transformar.
O cheiro de bosta de boi, de
estrume, é delicioso, exatamente por lembrar a liberdade do campo, os amplos
espaços.
E, contando anéis de 10, 20, 40 km
do centro das cidades, as prefeituras podem adquirir terrenos cada vez maiores
e mais baratos. quanto mais longe quiserem ir, de modo a criar condições.
Haverá, com boa vontade, sempre algum jeito de proporcionar principalmente às
famílias diversão, distração, reencontro com o espaço, aquele lugar onde o
tempo corre mais devagar, de modo a aliviar as tensões urbanas.
Com boa vontade se podem fazer
muitas coisas!
Quem sabe o que isso poderia aliviar
de stress urbano e de contas de psicólogos, de remédios e dias parados?
Pensem nisso os governempresários.
Vitória,
quarta-feira, 10 de dezembro de 2003.
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