Tuesday, November 05, 2013

A Capital do Município (da série Expresso 222..., Livro 5)


A Capital do Município

 

                        Depois que vi na Rede Cognata que capital = CENTRO = GOVERNADORIA = GOVERNANTE (e todas as outras traduções), compreendi melhor as coisas. Ora, existem as capitais das nações e dos estados ou províncias, mas não ainda a do mundo, nem a do município é reconhecida como tal.

                        Qual é a vantagem de introduzir esse conceito no plano dos municípios? Como sabemos, Ocam nos preveniu sobre os conceitos desnecessários. Acontece de ser útil: nos lembra que a Cidade geral governa ou representa todo o Município geral, e não apenas o centro, o núcleo – os distritos também têm direitos, que vem sendo desprezados, mormente no último século no Brasil (e no mundo inteiro). Ela não governa só para si, como se vem pensado, governa para todos. Entretanto, os distritos estão relativamente abandonados.

                        O prefeito sendo o governador do município, deve, como eu já disse, dividir seu governo em duas porções, a Prefeitura Municipal e a Prefeitura Urbana. Esta continuaria com suas funções, mas a outra colocaria representações nos distritos, Departamentos Distritais. Por exemplo, em Cachoeiro do Itapemirim teríamos o Departamento de Burarama, ou a Secretaria de Burarama, na PMCI, por oposição/complementação à PUCI, Prefeitura Urbana de CI.

                        Se isso tivesse sido feito antes não teriam sido criados tantos municípios novos, com sobrepeso administrativo/governamental para os cidadãos. Os governantes estariam mais próximos dos moradores.

                        Do secretário distrital ao subprefeito municipal que, junto com o subprefeito urbano, iria ao prefeito municipal/urbano, numa árvore de competências, com descentralização das execuções e das iniciativas, mas não do poder central (que deve permanecer como tal).

                        Essa simples providência colocaria os secretários distritais e os subprefeitos municiais em contato direto com o povo e as elites distritais, onde se dá a produção agropecuária/extrativista. Não seria tão complicado chegar até o prefeito, tão demorado, tão custoso – literalmente os dirigentes estariam ao alcance das mãos, para toda prontidão de atendimento. E sendo os dois subprefeitos secretários especiais ligados à prefeitura, o prefeito poderia falar constantemente com eles.

                        Tal aproximação geral nos proporcionaria ganhos de qualidade assombrosos, em termos de vivências, pois os vereadores e as demais representações da autoridade da Lei geral também teriam como alcançar os moradores da roça, até colocando aqueles coretos novos de que já falei.

                        Vitória, sexta-feira, 26 de julho de 2002.

                        José Augusto Gava.

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