Saturday, November 02, 2013

A Luta pela Posse (da série Expresso 222..., Livro 3)


A Luta pela Posse

 

                        Veja a fórmula F = G m1.m2/d2.

                        Dois objetos produzem equilíbrio (que chamei de empate) gravitacional quando suas forças são iguais, por exemplo, F(T) = G. m(t).m(o)/T2 = G.m(s).m(o)/S2 = F(S), sendo m(t) a massa da Terra, m(o) a massa do objeto, m(s)G a constante gravitacional (que vale 6,67.10-11 m3/s2.kg, desaparecendo no cálculo), T a distância da Terra ao objeto, e S a distância do Sol ao objeto, os três alinhados.

                        Se colocarmos um terceiro objeto entre o Sol e a Terra, independentemente da massa (pois na fórmula as duas dimensões vão se anular), ficamos com F(T) = F(S) = 1, que é o equilíbrio ou empate. Ou seja, S = T.√ k, sendo k = m(s)/m(t). A massa do Sol é de 1,99.1030 kg, enquanto a da Terra é de 5,98.1024 kg, resultando um valor de k(S/T) = 3,33.105, e √ k = 576,87. Para a distância da Terra ao Sol, de 150 milhões de quilômetros, uma unidade astronômica, UA, a soma S + T = 1,5.1011 m. Se o objeto é a Lua, a distância Terra/Lua é de 384 mil quilômetros, em média, que é insignificante perto da UA, 2/1000, e pode ser desprezada.

                        Se segue que S = 577.T, isto é, o empate entre os dois pontos Sol e Terra (que sempre podem ser alinhados; mas o terceiro ponto, Lua, não, entraríamos num problema de três corpos) se dá a uma distância 577 mais longe do Sol que da Terra, ficando bem próximo desta, para qualquer objeto, definindo um ponto, uma linha, um plano e um espaço de exclusão, onde se dá a dominância ou empate conceitual da Terra. Veja que não se trata de um empate formal, pois os três corpos alteram continuamente suas posições relativas, cinética e rotacionalmente. Não é dominância ou empate formal.

                        Então S + T = (577 + 1) T = 578.T = 1,5.108 km, donde T = 2,60.105 km, quer dizer, em torno de 260 mil km. Isso fica DENTRO DA ÓRBITA DA LUA, que vai da máxima, 406 mil km, à mínima, 363 mil km. Devemos concluir que a Lua é um satélite do Sol, e não da Terra, ficando fora do espaço de influência desta. No livro de André de Cayeux e Serge Brunier, Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1985, página 56, eles dizem: Satélite excepcional: o único para o qual a atração do Sol é maior que a do planeta respectivo”, itálico no original, colorido meu. A Barsa eletrônica refere que a Lua tem massa superior a um por cento da massa da Terra, caso único no sistema solar. De fato, a massa da Lua é de 7,36.1022 kg, enquanto a da Terra é de 5,98.1024 kg, como vimos acima, pelo que a razão m(T)/m(L) = 81,25/1, ou 1,23 %. Os dois autores dizem ainda: “Único cujo momento cinético é maior que o planeta: 4 vezes maior”.

                        A Lua está, em vista disso, se afastando constantemente da Terra, e a única coisa que a mantém por aqui é a translação, o fato de que ela sai fora da linha que apenas momentaneamente a liga ao Sol. Se ela ficasse parada (o que não é possível, devido aos princípios do campartícula conjunto gravinercial), teria ido embora há muito tempo.

                        Vejamos os outros planetas.

                        PLANETA                   DISTÂNCIA DO EMPATE

                                                           (medida desde o planeta, em 103  km)

 

                        Mercúrio                                           23,70

                        Vênus                                   168,75

                        Terra                                               260,52

                        Marte                                               129,29

                        Júpiter                                        23.328,96

                        Saturno                                     22.507,89

                        Urano                             18.820,56

                        Netuno                                       32.121,05

                        Plutão                              1.022,59

                        Isto é medido desde o centro de massa.

                        Os satélites Pasífaa e Sínope estão a 23.500 e 23.700 mil km de Júpiter, mas é por suas distâncias médias, e ainda faltaria diminuir o raio de Júpiter, 71,5 mil km; altera muito pouco, mas soma. Mesmo assim, estão no limite.

                        Quanto a Saturno, o último referido pelos dois autores é Febe, situado a 12.960 mil km, portanto bem para dentro.

                        Veja só que coisa interessantíssima temos com a Lua.

                        Um satélite que gira em torno da Terra, mas é na verdade satélite do Sol, está preso à sua gravidade, e não à nossa, situando-se fora do domínio gravitacional da Terra. Ele não pode ter se formado da mesma nébula ou nuvem que nosso planeta ou NUNCA teria saído da dependência dele. Conseqüentemente, é estranho, é de fora, foi trazido por algum evento estranho. Os astrônomos e cosmólogos dizem que a Lua é um planeta-irmão da Terra. Pode ser, mas em todo caso é um irmão adotado, sabe-se lá quando.

                        Em todo caso, como vimos em Atratividade das Órbitas, Livro 2, a Lua segurou um punhado de meteoritos destinados à Terra. Como, pelos materiais trazidos e datados, as rochas da Lua têm, segundo os autores, 4,56 bilhões de anos, significa que: 1) ou ela foi atraída nessa época (tendo sido formada em outro lugar, dentro ou fora do sistema solar), ou 2) foi atraída em qualquer época intermediária.

                        Essa conjuntura de a Lua não ser de fato satélite senão conjuntural da Terra arrasa a hipótese de uma estrela ter passado pelo sistema solar e desmembrado um corpo único em dois, Terra e Lua. Eles nunca fizeram parte do mesmo conjunto gravinercial. NUNCA. É um caso realmente extraordinário, único, de um suposto satélite planetário ser realmente satélite do dominante central.

                        E essa coisa é um poderosíssimo argumento antrópico, que favorece a presença humana, quer dizer, de que tudo foi preparado, senão por Deus, diretamente, por fantásticas conjunções de fatores cosmológicos/astronômicos.

                        É um assombro total!

                        Vitória, quinta-feira, 30 de maio de 2002.

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