Sunday, November 03, 2013

As Extinções e o Petróleo (Da série Expresso 222..., Livro 4)


As Extinções e o Petróleo

 

                        Conforme está colocado nos artigos Ducha de Cometas e Asteróides, do Livro 3, sucede que há uma tese de chuva de cometas ou meteoritos a cada 26 milhões de anos, a gente estando no meio de ciclo, 13 milhões antes e daqui a 13 milhões de anos. Os geólogos mensuraram isso, de modo que está solidamente plantado.

                        Começando em 13 teríamos 39, 65, 91, 117, 143, 169, 195, 221 247, 273, etc., com grandes extinções comprovadas em 65 (um de 12 a 16 km caiu ao largo da Península de Iucatã no México, extinguindo os dinossauros e 70 % da vida terrestre) e outra lá por 250 milhões de anos (quando um maior ainda caiu e findou 99 % da vida, abrindo espaço para as mutações que levaram aos dinossauros).

                        Por um ou dois milhões de anos caem meteoritos ou cometas na Terra, acabando com quase tudo, tanto no mar quanto em terra, PORQUE a poeira que sobe oculta o Sol, sem falar que imensos blocos são levantados e caem novamente (ou são expulsos do planeta). Uma onda de terremotos e maremotos, e vulcões explode por toda parte, tornando as chances de viver insignificantes.

                        O resultado é um corte abrupto a cada 26 milhões de anos. Contando dois milhões de anos, depende se o grande cai logo no começo ou mais para o final do período. SE o corte é inicial, segue-se que dois milhões de anos são tomados do período seguinte, restando 24 milhões de anos de recomposição.

                        Em resumo, a Terra fervilha a cada 26 milhões de anos.

                        Vem daí que há 250 milhões de anos a Vida geral recomeçou de 1 %, e há 65 milhões de anos de 30 %, e isso serviria para todos os períodos, para mais ou para menos. Enfim, perto do final há a maior quantidade acumulada de fito plancto e zoo plancto (os pequenos são mais importantes) no mar, fora peixes e mamíferos, e em terra fungos, plantas, animais e por último seres humanóides (os humanos ainda não existiam há 13 milhões de anos).

                                   Enfim, é uma onda, uma senóide, um ciclo de altos e baixos. Na realidade é mais uma exponencial, que começa em quase nada em baixo e vai subindo rapidamente, atingindo o máximo em 26 milhões menos um infinitésimo findando e recomeçando. A Vida é persistente. É como a exponencial humana, a explosão demográfica. A Vida também é uma explosão, neste caso biográfica. O campo (morfogenético, nas palavras de Rupert Sheldrake) explode em atividade crescente, até ser quase totalmente paralisado. É como uma sucessão de morros em perfil, subindo vagarosamente, tendo do outro lado uma face quase reta até o fundo.

                        Quanto acumula em cada fase?

                        Seria preciso medir atualmente um metro quadrado de mar para saber, ou tirar do passado medições dos extratos.

                        O fato direto é que o petróleo depende fortemente disso, em sua formação. Seria preciso, primeiro, justapor os mapas das eras, onde esteve o mar e onde a terra, fazer estimativas “salvadoras” (uma medição qualquer a ser depois apurada) e estabelecer parâmetros iniciais. Justapostos os mapas de todas as eras, com as posições relativas terra/mar e as produções esperadas, teríamos uma avaliação inicial. E aí levar em conta as extinções, porque, por 13 milhões de anos, a Vida geral está subindo de novo o morro até o clímax (como este que presenciamos agoraqui) e terá produzido relativamente pouco. Da metade para o fim é que realmente soma mais.

Enfim, levar em conta:

1)      a produção estimada do fito e do zoo plancto atual por m2;

2)      estudar o passado, para saber a produção POR ÁREA em cada octante terrestre;

3)     sobrepor os mapas geológicos das eras, somando as colunas de água e de terra;

4)     multiplicar 2 x 3, com avaliações de mínimo, média e máximo esperado;

5)     plotar os resultados de sondagens profundas e sondagens reais dos poços perfurados CONTRA (pois ninguém deseja uma coisa que falhe) o modelo que sugeri, de modo a sacar (ou não) sobre o passado as expectativas. Esse TESTE DE APONTAMENTO (TA) sobre o passado deve ter uma margem de acerto de 70 % ou mais, se quer chamar a atenção. Daí realizar as previsões, os apontamentos para o futuro, com margem na confiabilidade dupla advinda da teoria consistente e dos TA práticos.

Juntando a Deriva dos Continentes de Wegener (agora Tectônica de Placas dos geofísicos) com as avaliações de presença do mar na passagem das eras e com o programa natural de extinções, mais o modelo, poderemos ter uma avaliação bem consistente da presença ou ausência de petróleo e gás, tomando em linha de conta as teorias geológicas vigentes sobre estruturas de preservação.

Vitória, sábado, 22 de junho de 2002.

No comments: