Tuesday, November 05, 2013

Busca na Internet (da série Expresso 222..., Livro 5)


Busca na Internet

 

                        Quando perguntamos no Google (www.google.com e www.google.com.br, que Gut me indicou) pela FAO, o organismo da ONU para alimentação, em português vêm 16,6 mil páginas, ao passo que na WEB, que é em geral em inglês, vem 223,0 mil, proporção de 1/13,4, quando o Brasil é 1/40 da economia mundial.

                        Veja que há muito mais em geral que o já produzido no Brasil, mas o mundo começou em 1990, ao passo que no Brasil a Internet chegou em 1995. Naturalmente muito do que está disponível aqui é traduzido, porém mesmo assim é um salto.

                        Entretanto, não é suficiente. Mais que nunca é preciso ensinar a todos os brasileiros pelo menos três outras línguas: inglês (que é a atual língua universal), espanhol (pela nossa proximidade ibérica) e mandarim (língua de 700 milhões de chineses em 1.300 milhões). As escolas estão atrasadíssimas. Sem falar em latim, que é a língua oculta da Igreja (Católica, universal).

                        Daí eu propor para nosso grupo o conceito de “beliscadores”, um grupo enorme em salas de um complexo cilíndrico, em andares com circunferências com computadores voltados para o centro, que é a missão, a WEB. As circunferências concêntricas em degraus, com centenas de máquinas em todo o prédio, procurando conhecimento na Rede, minerando continuamente, de forma a desenterrar os dados e com eles criar sempre novas linhas de investimento. Cada andar (ou vários deles, depois, um prédio inteiro para cada grupo) servirá a um modo de conhecer. Isso deve se dar em sociedade com os trabalhadores, por suas produções manifestadas e registradas, conforme a diretoria geral relativa a essa busca decidir. Uma vez encontrada e registrada a precedência de uma forma-conceito ou formestrutura nova, que ela gere um desenho em Autodesk ou AutoCAD ou 3DMax ou o que for, qualquer CAD-CAM, saindo dali para as mesas dos advogados, para a preparação de patente, para o registro, o começo da fabricação, o disparo da acumulação. E isso em sociedade espontânea com o gerador ou criador remoto de onde foi tirada a idéia.

                        Acontece que infinito conhecimento (mágico/artístico, teológico/religioso, filosófico/ideológico, científico/técnico e matemático) tende a estar disponível na Internet, sendo despejado nesse poço sem fundo, que fará mais pela humanidade que os milênios precedentes todos. Em apenas doze anos (1990-2002) já fez tanto que é impossível calcular, mesmo desorganizada e inaproveitada como está.

                        Esse investimento no prédio especial (como funis todos centrados, uns sobre os outros, os beliscadores em volta, ultraconcentrados na tarefa, por si só um poder maior que o de nações), com ar condicionado central, as melhores máquinas, um supercomputador (ou vários) controlando-e-informando tudo, centralizando, vigiando entradas e saídas, protegendo o sistema, tal investimento será o mais bem-feito, o de maior retorno de todos os tempos. Tudo isso deve ser posto a serviço da humanidade e da prosperidade geral.

                        Vitória, sábado, 03 de agosto de 2002.

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