Sunday, November 03, 2013

Consórcios Econômicos para o Aprendizado (da série Expresso 222..., Livro 4)


Consórcios Econômicos para o Aprendizado

 

                        Como venho dizendo e repetindo, é preciso contemporanizar o ensino, o aprendizado, a pedagogia, os interesses psicológicos (atualização das figuras ou psicanálises, dos objetivos ou psico-sínteses, das produções ou economias, das organizações ou sociologias, dos espaçotempos ou geo-histórias).

                        Enfim é preciso atualizar os interesses do Capitalismo geral e daí projetá-los no futuro.

                        Tenho pensado que as matérias antigas são enjoadas. Agora penso, além disso, que é preciso substituir as formações em faculdades e universidades, admitindo uma infinidade de variações, para atender com os conhecimentos todos (Magia/Arte, Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática) contemporanizados os desejos humanos, das pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) e dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo).

                        Precisamos de faculdades que cuidem das 6,5 mil profissões altas e baixas. Precisamos de uma Universidade da Memória, de uma Universidade da Inteligência, de faculdades para quase todas as palavras do dicionárienciclopédico, para as tecnartes todas (Universidades da Visão, do Paladar, do Olfato, da Audição, do Tato, com as subdivisões). De uma Universidade do Lar, outra que cuide de pesquisar & desenvolver os cuidados com o lixo, com a reciclagem das águas servidas, enfim, precisamos de mais praticidade, e também de mais teoria. Mas não de uma polarização nas teorias, com esquecimento das práticas, como hoje.

                        Temos vivido num mundo de sonhos, ou talvez de pesadelos, porque não nos simplificamos. Colocamo-nos num pedestal burguês (grandes e pequenos, somos todos culpados), do qual vemos a miséria sem nos compadecermos dela. A simplicidade corresponde a abrir o mundo como largueza nova, como abraço novo, como carinho novo, como amizade nova, como aceitação nova.

                        Aí teríamos muito, mas MUITO MAIS motivos para celebrar a Vida geral e a Vida racional geral, empenhando-nos mais por todos e cada um. Com isso abriríamos mais frentes de luta contra a ignorância.

                        As faculdades e as universidades não encerraram seu ciclo, apenas fecharam sua fase anterior, esgotando-a, para passar a extraordinariamente amplas potências novas. A coisa não acabou, mal está começando. Imagine só quantas oportunidades teremos de investigar as 400 mil palavras dos dicionárienciclopédicos! Quantos milhares de faculdades e universidades, voltados para aquilo que realmente agrada aos seres humanos em geral, menos as elites intelectuais castradoras e autocongratulantes.

                        Sendo assim do interesse das empresas e dos governos, consórcios governempresariais ou políticadministrativos ou pessoambientais poderão ser montados, investigando novos ramos dos conhecimentos e das necessidades humanas, sem abandonar o que já está sendo feito de útil, mas remodelando os institutos atuais, as faculdades existentes, as universidades presentes, para abrir espaço e tempo para as novidades. Investindo dinheiro pesado e os melhores talentos nessa modificação integral.

                        Vitória, domingo, 30 de junho de 2002.

No comments: