Consórcios
Econômicos para o Aprendizado
Como venho dizendo e
repetindo, é preciso contemporanizar o ensino, o aprendizado, a pedagogia, os
interesses psicológicos (atualização das figuras ou psicanálises, dos objetivos
ou psico-sínteses, das produções ou economias, das organizações ou sociologias,
dos espaçotempos ou geo-histórias).
Enfim é preciso
atualizar os interesses do Capitalismo geral e daí projetá-los no futuro.
Tenho pensado que as
matérias antigas são enjoadas. Agora penso, além disso, que é preciso
substituir as formações em faculdades e universidades, admitindo uma infinidade
de variações, para atender com os conhecimentos todos (Magia/Arte,
Teologia/Religião, Filosofia/Ideologia, Ciência/Técnica e Matemática)
contemporanizados os desejos humanos, das pessoas (indivíduos, famílias, grupos
e empresas) e dos ambientes (municípios/cidades, estados, nações e mundo).
Precisamos de faculdades
que cuidem das 6,5 mil profissões altas e baixas. Precisamos de uma
Universidade da Memória, de uma Universidade da Inteligência, de faculdades
para quase todas as palavras do dicionárienciclopédico, para as tecnartes todas
(Universidades da Visão, do Paladar, do Olfato, da Audição, do Tato, com as
subdivisões). De uma Universidade do Lar, outra que cuide de pesquisar &
desenvolver os cuidados com o lixo, com a reciclagem das águas servidas, enfim,
precisamos de mais praticidade, e também de mais teoria. Mas não de uma
polarização nas teorias, com esquecimento das práticas, como hoje.
Temos vivido num mundo
de sonhos, ou talvez de pesadelos, porque não nos simplificamos. Colocamo-nos
num pedestal burguês (grandes e pequenos, somos todos culpados), do qual vemos
a miséria sem nos compadecermos dela. A simplicidade corresponde a abrir o
mundo como largueza nova, como abraço novo, como carinho novo, como amizade
nova, como aceitação nova.
Aí teríamos muito, mas
MUITO MAIS motivos para celebrar a Vida geral e a Vida racional geral,
empenhando-nos mais por todos e cada um. Com isso abriríamos mais frentes de
luta contra a ignorância.
As faculdades e as
universidades não encerraram seu ciclo, apenas fecharam sua fase anterior,
esgotando-a, para passar a extraordinariamente amplas potências novas. A coisa
não acabou, mal está começando. Imagine só quantas oportunidades teremos de
investigar as 400 mil palavras dos dicionárienciclopédicos! Quantos milhares de
faculdades e universidades, voltados para aquilo que realmente agrada aos seres
humanos em geral, menos as elites intelectuais castradoras e autocongratulantes.
Sendo assim do interesse
das empresas e dos governos, consórcios governempresariais ou
políticadministrativos ou pessoambientais poderão ser montados, investigando
novos ramos dos conhecimentos e das necessidades humanas, sem abandonar o que
já está sendo feito de útil, mas remodelando os institutos atuais, as
faculdades existentes, as universidades presentes, para abrir espaço e tempo
para as novidades. Investindo dinheiro pesado e os melhores talentos nessa
modificação integral.
Vitória, domingo, 30 de
junho de 2002.
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