Tuesday, November 05, 2013

Contemporanização dos Governos (da série Expresso 222..., Livro 5)


Contemporanização dos Governos

 
                        Como eu disse para as escolas, os governempresas são avançadíssimos para 1600, devendo ser contemporanizados em todo o dicionárienciclopédico, toda a psicologia humana: contemporanização das figuras ou psicanálises governamentais; contemporanização dos objetivos ou das psico-sínteses governamentais; contemporanização das produções ou economias; contemporanização das organizações ou sociologias; contemporanização dos espaçotempos ou geo-histórias.

                        Em resumo, trazer para o século XXI.

                        E isso trazendo CADA PALAVRIMAGEM do D/E.

                        Cada palavra deve ser governamentalmente contemporanizada. Só no Houaiss são quase 300 mil. As classes do labor governamental (operários, intelectuais, financistas, militares e burocratas) devem ser contemporanizadas. É risível ver aqueles iuppizinhos de merda, todos de terno, arrotando importância, esquecendo-se de suas missões e colocando-se em pedestais. É mesmo de rir! Se eles soubessem como são atrasados iriam entrar em pânico.

                        Não basta alcançar o primeiro mundo, dar esse salto necessário, que é insuficiente. Não satisfaz, de modo algum. É preciso ir mais longe. O próprio primeiro mundo ainda é atrasadíssimo, recém saído do século XX. A coisa vai muito além.

                        Devem-se atribuir valores de 1 a 10 em cada palavra, como se fora um quesito, um índice de qualificação: atendimento de 1 a 10, atenção de 1 a 10, e assim por diante, por todo o dicionário. Quanto à enciclopédia, urge reavaliar as figuras, as personagem desse palco da Vida-racional. E quando chegar a 10, não tem problema, recomeça-se de 11 a 20, até chegar em 100, e assim por diante.

                        O fato é que os governempresas nos prestam serviços deploráveis, lamentáveis, lastimáveis, miseráveis mesmo, pelo tanto que os seres humanos se esforçam em todas as instâncias. Não estamos voltando ao passado, não adianta dizer que é bom por comparação com ele, cada vez mais recuado. Estamos indo ao futuro e com relação a este a coisa é cada vez mais triste e aborrecida.

                        Vitória, sexta-feira, 26 de julho de 2002.

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