Saturday, November 02, 2013

Empresa Relativa e Empresa Absoluta (da série Expresso 222..., Livro 3)


Empresa Relativa e Empresa Absoluta

 

                        Uma empresa com a Microsoft pode falir?

                        Essa pergunta tem duas respostas.

                        Veja que ela vale, pelo mercado, coisa de uns 500 bilhões de dólares. Precisamos avaliar o que é isto. Um bilhão de dólares, sendo contados na base de um salário mínimo brasileiro de R$ 200 em junho/2002 (dólar a cerca de 2,30 reais), perto de US$ 87 POR SEGUNDO, levaria coisa de 133 dias, e para contar os 500 bilhões nada menos que 66,5 mil anos. É coisa que não acaba mais. Diz o povo que é dinheiro “de dar com o rodo”.

                        Portanto, do ponto de vista absoluto, não há como acabar.

                        Essa é a EMPRESA ABSOLUTA, que pode enganar muito as pessoas, como vimos no caso da ENRON, uma empresa americana de US$ 100 bilhões que faliu recentemente, um rumoroso processo que envolveu o governo Bush Jr.

                        Do outro lado está a EMPRESA RELATIVA, que vale 100 %, ou seja, a que deve realmente ser vigiada, porque qualquer um pode comprometer 100 % do que possui. Basta fazer besteira. Não parece, mas a gente está realmente lidando com as coisas da forma relativa.

                        Deveria haver micro e macro sintanálise socioeconômica das empresas e dos governos, porém nunca vi isso nos balanços, só as investigações absolutas, que realmente não interessam grandes coisas. Aquele porrilhão de números, mais para confundir que para facilitar a observação de fora. As auditorias baseiam-se nesses números absolutos, o que é muito preocupante para os investidores e muito mais ainda como fundo civilizatório.

                        As pessoas não sabem lidar com números, prendendo-se quase sempre aos absolutos, nunca às relações. Quanto a empresa pode empregar na compra de outras? Em termos relativos, 5 %, 10 % sem comprometer o fluxo de caixa? Quanto está ganhando por ano? Quanto paga aos empregados? Quanto destina à felicidade dos produtores internos? Tais observações não existem.

                        Então, para mim, a sócioeconomia é paupérrima, em termos de sintanálise CONCRETA, que permita tomar decisões rápidas e consistentes. Oferece tudo que a gente não precisa. Confunde, submete os observadores a demorados processos perceptivos, alonga demasiado o aprendizado das potências, é uma lástima mesmo.

                        Quando olhamos os extratos bancários que as maquininhas nos oferecem, há tardança demasiada para percebermos o que está acontecendo, e isso com pessoas “na flor da idade”, como diz o povo, quanto mais para os idosos. É uma civilização descuidada e por isso mesmo sujeita a predadores de todo tipo.

                        Isso deve mudar o quanto antes.

                        Nós mesmos devemos preparar programas para tal, como sugerirei, tendo tempo.

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