Um
dos exemplos clássicos que os darwinistas dão para explicar a evolução é o das
borboletas na Inglaterra. Antes da revolução industrial as borboletas brancas
eram grande maioria, ao passo que as cinzentas mal sobreviviam, porque pousadas
nas árvores de casca limpa eram comidas pelos pássaros, que as viam facilmente
em contraste. Quando a poluição passou a se depositar nas cascas das árvores as
borboletas cinzentas passaram a ficar parcialmente ocultas, ao passo que as brancas
foram evidenciadas, sendo comidas sem deixar descendência. Com isso a prole das
cinzentas cresceu até o ocupar quase totalmente o nicho.
O mesmo acontece com as
empresas.
Dado que há a
pessoambiente (pessoa: indivíduo,
família, grupo, empresa; e ambiente:
município/cidade, estado, nação, mundo), cria-se um par polar
oposto/complementar, por exemplo, empresa/mc, empresa/estado, empresa/nação e
empresa/mundo.
Acontece que o modelo
diz que 2,5 % irão sobreviver sempre, em quaisquer condições, ao passo que na
extremidade oposta outros 2,5 % morrerão de qualquer jeito, os 95,0 % do centro
tendendo a uma ou outra situação, conforme o caso.
A questão, então, é da REAÇÃO
AMBIENTAL, que apela à PSICOLOGIA DA EMPRESA: sua figura ou
psicanálise (quem é), seus objetivos ou psico-síntese (quais suas metas), sua
economia ou produção (com quê faz), sua sociologia ou organização (como faz) e
seu espaçotempo ou geo-história (quando e onde se situa). Está no primeiro,
segundo, terceiro ou quarto mundos?
Falando-se das classes
do labor: reatividade dos operários da empresa, dos intelectuais da empresa,
dos financistas da empresa, dos militares da empresa e dos burocratas da
empresa. Das classes operacionais: se é empresa agropecuária/extrativista,
empresa industrial, empresa comercial, empresa de serviços ou empresa bancária.
Qual é a CAPACIDADE DE REAÇÃO da empresa? Qual é a sua sensibilidade? Podemos
estabelecer índices: 100/100, 100/90 e até 100/10 ou no limite 100/0, ou seja,
a empresa que não reage, que está semimorta, caminhando para morrer mesmo.
Isso nunca foi medido,
até porque não se pensava assim.
Olhando-se a infinidade
de empresas, como as separaríamos em relação à sua capacidade de deixar
descendência (psicológica/p.3, não mais biológica/p.2)? Se o ambiente de uma
determinada empresa mudar, ela reagirá a tempo? Quanto demorará em reagir? Têm
departamentos preparados para essa reação? Observe que o ambiente está sempre
mudando, 100 % da mudança vindo do mundo, 1/40 vindo do Brasil, 1/1.600 do Espírito
Santo e 1/40.000 vindo de Linhares/ES. Em níveis crescentes as mudanças estão
ocorrendo sempre. A empresa não pode esperar que não vá haver ação, pelo
contrário, deve sempre contar com ela.
Olhando o ambiente, o
conjunto das empresas, quais se prepararam, estão se preparando ou virão a se preparar
para reagir às mudanças?
Este seria um tipo de
darwinismo psicológico empresarial, com todas aquelas sub-chaves da Psicologia
da Empresa, como vimos, e outros índices do modelo. Em resumo, qual é, no coração
da produçãorganização, a REATIVIDADE EMPRESARIAL, a capacidade de
reação das empresas?
Essa é a pergunta-chave
que nunca tinha sido feita.
Vitória, domingo, 16 de
junho de 2002.
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