Lentes
Gravitacionais
O
conceito das lentes gravitacionais, de grandes massas que desviam a radiação,
qualquer que seja, a luz em particular, também se aplica a qualquer objeto que
desvia qualquer outro. O Sol é uma lente para os planetas, a constelação para o
Sol, e assim por diante, para cima e para baixo.
Detendo-nos apenas na
relação entre as massas muito grandes, do tipo das estelares, e as coisas muito
pequenas, feito a luz, eis aí uma coisa interessante: como existem bilhões de
galáxias, cada uma em média com 400 bilhões de estrelas, só estas representam
400.000.000.000 x (digamos até) 10.000.000.000, ou seja,
4.000.000.000.000.000.000.000, quatro sextilhões de estrelas, que seria a
quantidade de lentes gravitacionais. Quatro sextilhões de LG, fazendo a luz
desviar-se continuamente, batendo de um lado para outro, ricocheteando como num
daqueles jogos, PINBOL. Um Pinbol estelar, batendo e rebatendo sem parar, de um
lugar para outro e voltando, até embaralhar-se extraordinariamente. Nenhum dos
objetos estaria onde imaginamos vê-lo. Imagens de galáxias seriam vistas em
vários lugares diferentes, sendo no fundo diferentes imagens da mesma galáxia.
Uma só poderia ter dúzias, centenas, milhares de imagens de várias épocas do
universo. Uma confusão tremenda. O universo não teria tantas galáxias quanto
imaginamos. Teria uma quantidade consideravelmente menor, como numa sala de
espelhos, em que alguns poucos se refletem repetidamente, como se fossem
milhares.
Veríamos todas as eras
do universo, porque as imagens estariam circulando dentro dele, de galáxia
verdadeira em galáxia verdadeira, de estrela real em estrela real, fechadas
dentro de uma bola.
Então o TAO estaria
certo: o que é não parece e o que parece não é. O universo seria muito
diferente do que vemos.
Vitória, quarta-feira,
31 de julho de 2002.
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