Utilidade
do Sonho
A utilidade do sono é
direta: serve para recuperar as tensões, os contrastes, os choques musculares –
o uso incorreto das arquiengenharia do esqueleto e dos músculos, no conjunto
esculturação estática e dinâmica do corpo, esculturação mecânica que nos foi
doada pelos bilhões de anos de evolução da Natureza (não são só os milhões de
anos do ser humano, nós viemos lá de trás, desde a primeira alga cianofícea).
As utilidades do sonho
podem ser várias.
Em primeiro lugar, como
alguém disse, o sonho serve para harmonizar as várias questões, para limpar a
memória. Deduzi daí que o sonho é uma espécie de skandisk e desfragmentador da
mente, juntando as pontas soltas do dia anterior e preparando as pessoas para o
dia seguinte. O sonho tem essa propriedade de juntar os fragmentos, as
desconexões, restabelecendo a harmonia.
E durante o dia pensamos
com palavras, enquanto durante a noite e o sonho pensamos com imagens,
diminuindo o sobrepeso dos conceitos palavrosos, integrando tudo muito mais
rapidamente por meio das imagens. Durante o dia falamos centenas de palavras,
durante a noite “falamos” centenas de imagens, restaurando talvez a soma zero,
50/50.
Em terceiro lugar, pode
ser que a telepatia exista (veja texto próprio, a escrever, havendo tempo),
exatamente durante o sonho, quando todas as mentes seriam conectadas. O sonho
seria como uma Internet, uma mundialização das vidas, uma planetarização das
pessoas por meio das imagens, uma coletivização global através da
inconsciência.
Tomando 1/3 de nossas
vidas, o sono-sonho (são cognatos na Rede) não é exatamente um desperdício,
pelo contrário. Penso que foram muito mal estudados até agoraqui. Espero que os
pesquisadores dediquem muito mais tempo a investigar todas as suas dimensões,
como queriam Freud e Jung.
Vitória, domingo, 14 de
julho de 2002.
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