A
Adrenalina Nossa de Cada Dia
Vimos percebendo
aos poucos no Modelo da Caverna que gerou a coletânea o MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens que as coisas
não eram exatamente como são mostradas e eram até bem diferentes. De fato,
aparece cada vez mais que foram as mulheres a inventar quase todas as coisas
iniciais e que elas é que tomavam conta de 80 a 90 % da população, sendo os
guerreiros de 20 a 10 %. Depois houve uma inversão notável do exercício de
autoridade, quando os excedentes da agropecuária e do extrativismo inventados
pelas mulheres passaram ao nosso lado no assentamento em cidades.
O cenário que se
desenha é este:
1) as mulheres (fêmeas e
pseudomachos) ficavam em volta das cavernas com gatos vigilantes dos bebês e
cachorros de boca pequena a caçar a chamada “pequena proteína” de alimentação
geral (inclusive roedores – mas não ratos, impiedosamente mortos, porque
traziam doenças para OS MENINOS, os amados das mulheres -, aves, insetos,
etc.), o que deve ter promovido um despovoamento precoce, prematuro dos animais,
pois eram muitas as bocas a alimentar;
2) os homens (machos e pseudofêmeas)
saíam a caçar o que poderíamos apelidar de “grande proteína” com os cachorros
de boca grande e os grandes gatos (por enquanto desaparecidos do cenário; é
preciso ainda provar sua existência – as mulheres tinham horror a eles, dado
que com suas bocas grandes podiam de uma bocada só comer pedaços grandes dos
bebês).
Esses 10 a 20 %
de homens eram mandados TODOS OS DIAS (exceto, na volta, aqueles do
emprenhamento geral – as pseudofêmeas deviam emprenhar simbolicamente as
estéreis; a Natureza não podia perder UMA OPORTUNIDADE QUE FOSSE de gravidez
real; como os pseudomachos também deviam engravidar simbolicamente, de fato
isso não importava, pois os machos estavam sempre dispostos a depositar
esperma) em busca de cargas de carne e passavam dias, semanas, meses fora.
Lembre-se que não havia contagem de tempo para além de dia-e-noite e do mês das
mulheres, 29 dias da Lua.
Assim sendo, nos
dez milhões de anos dos hominídeos, os homens devem ter passado o tempo todo
caçando e, portanto, dependendo quase que diariamente de cargas de adrenalina,
que estão relativamente ausentes hoje em dia, de modo que posso prever que será necessário injetar adrenalina
sintética para restabelecer o equilíbrio masculino (nas pseudofêmeas
também, mas não nos pseudomachos), porque o corpo masculino tornou-se
FORTEMENTE dependente de adrenalina natural. Se não tomar, adoecerá, mas isso
deve ser graduado com a Curva do Sino ou das Distribuições Estatísticas, pois
nem todos são iguais, uns necessitam mais que outros, evidentemente.
Você sabe, há uma
invenção pública de sonhos através das artes, por exemplo, cinema, que promove
a catarse, o descarregamento (que o povo brasileiro chamaria de “descarrego” –
“vou descarregar”) de ira e ódio, para o quê os machos foram preparados por
milhões de anos.
Ora,
se não houver essa descarga diária ela acumulará sob a forma de tensão, de
armação da mola ou tensor dialético e descarregará automaticamente na primeira
oportunidade (com os homens batendo em quem estiver à volta, em geral mulheres
e filhos, cachorros, gatos, outros homens, o que for).
Por conseguinte os governempresas
devem promover modos de descarregar essa raiva pulsante, injetando adrenalina
sintética ou colocando ginásios onde os homens extravasem sua ira contida. Até
mesmo os “elegantes” precisam disso, dar porrada e correr riscos todos os dias,
até que essa coisa seja desconstruída pela arquiengenharia genética, se for útil
fazê-lo.
Acho que pequenas
pastilhas de adrenalina sintética, AS,
porque penso que isso é necessário às funções masculinas, do coração às glândulas
(mas se for administrado a pseudomacho causará danos).
Vitória, sábado,
21 de fevereiro de 2004.
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