Monday, December 02, 2013

Flechas, Lobatos e a Reestruturação do Mundo (da série Material Sensível, grupo Teoria dos Panelões)


Flechas, Lobatos e a Reestruturação do Mundo

 

                               Já vimos que as flechas (meteoritos) incidentes - segundo o relógio com hora de 26 milhões de anos – bateram na superfície planetária, desde a queda do supergigante formador do mundo-Terra há 4.017 milhões de anos, 154 horas ou 19,25 dias de oito horas; 19 dias inteiros de 208 milhões de anos mais 65 milhões de anos transcorridos. Caíram, portanto, 154 meteoritos gigantes desde aquela data, o mais recente tendo caído há 13 milhões de anos.

                               Esses meteoritos, junto com a atividade interna, quer dizer, a radiação acumulada e a pressão gravitacional própria da Terra, mais a energia incidente vinda do Sol, re-estruturam o planeta; eles o re-modelam, re-moldam, modificam-no de novo a cada vez.

Tal re-estrutur/ação, ato permanente de re-estruturar, dar nova estrutura, não tem nada a ver com o ser humano, não o enxergam, nem a nada que faz – a humanidade não conta nessas equações geológicas mais amplas. Elas não reparam em nós, somos não-significantes para elas. Isso não quer dizer, de modo algum, que não sejamos significativos, pelo contrário, no reino psicológico/p.3 somos até demais.

                               Essas quedas modelaram o mundo, partindo e re-partindo de cada vez a crosta em pedacinhos relativos que têm o tamanho de continentes; empurram-nos para lá e acolá, dizem como o planeta vai ser no futuro. Criam e recriam os Lobatos, os grandes canais entre os arcos e os crátons continuamente.

Reestruturam o mundo em todos os níveis e, é claro, também no psicológico/p.3, para pessoas e ambientes. Agora mesmo que estamos deparando com eles, aquela antiga modelação está surtindo efeito mais uma vez e em grande escala no universo humano.

                               Eis como o mundo está sempre oculto, por mais que façamos; quando pensamos que já descobrimos tudo, algo de grande emerge de debaixo dos nossos pés. É surpreendente e gratificante ao mesmo tempo, porque indica a riqueza do universo em termos de elaboração (Deus seria muito pequeno se tudo acabasse logo, é o não é?).

                               Eis que estamos às vésperas de mais uma grande revolução e as pessoas nem sabem disso!

                               Vitória, sábado, 04 de setembro de 2004.

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