Thursday, December 12, 2013

Praça como Local de Celebração (da série Material Sensível, grupo Praças Psicológicas)


Praça como Local de Celebração

 

CELEBRAR (no dicionário Aurélio Século XXI)

[Do lat. celebrare.] V. t. d. 1. Fazer realizar com solenidade; promover, patrocinar. 2. Comemorar, festejar; celebrizar. 3. Publicar com louvor; exaltar. 4. Acolher com festejos, comentários, demonstrações ruidosas, etc. 5. Concluir (um ato ou contrato). 6.  Dizer, rezar (missa).

LOCAL (dos quatro cantos do mundo, com amplos estacionamentos para ônibus, carros, bicicletas, motos, todo tipo de condução)


 

 

 

 


PRAÇA


As pessoas não vão às praças para ver árvores, grama, flores, animais: vão para ver gente. Esse é o chamativo poderoso: a palavra, o aprendizado, a informação, a interação.

Vão para ver organização, que provém de gente.

Vão para alegrarem-se como pessoas.

Vão para festejar, para celebrar, sempre com humanos.

Vão para ampliar sua humanidade, para interagir, agir juntos, combinar as mentes. É por esse motivo também que vão a bares, a shows, a comícios, a hotéis, a restaurantes.

Falar é o grande acontecimento.

Os governempresas fazem praças bonitinhas às quais as pessoas quase não vão; elas ficam lá, vazias [com grande custo financeiro]. Seria interessante filmarem para ver quantas pessoas das redondezas ou de quaisquer lugares usam as praças. Quase ninguém vai, não se falando das mulheres com crianças, porque é relativamente protegido e os bebês podem andar para lá e para cá a salvo dos carros.

É preciso celebrar a grande festa da humanidade, a da presença da gente num planeta que nas redondezas é único, é uma jóia azul-brilhante incrustada no vazio escuro. Esse brilho, sim, é que devemos celebrar: a palavra e a grande aventura de construção.

Vitória, sábado, 30 de dezembro de 2006.

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