Suavidade
Urbanística
Leia
Integração Geológica, neste Livro, para ver o cenário geral, a
suavização completa. Não apenas a maioria dos nossos prédios são caixotes,
espécie de caixas de sapato (como disse à G há uns 30 anos), como tudo se ergue
duro para ferir nossa compreensão.
Não há
acordo esquerdireita, a reunião das duas culturas, a fusão dos pares polares
oposto-complementares.
Aquela
suavização da arquiengenharia e das tecnartes todas, pela admissão e pela
aceitação plena dos opostos é não apenas importante como fundamental, isto é, embasa
o novo existir e o novo Ser.
Não
se trata apenas de seguir a integração com as geo-esculturas, como foi posto,
mas de inventar toda uma nova socioeconomia e mais amplamente uma nova
psicologia em que estejamos motivados a esse abrandamento geral, tanto nas tecnartes
quanto nas tecnociências e em tudo mesmo.
Não que os
conflitos acabem por serem banidos, pois isso o Desenho de Mundo não admite,
mas apenas serão amortecidos, porque isso é permitido, porque é viável, dado
que as flechas opostas continuariam iguais em módulo.
Essa
SUAVIZAÇÃO URBANÍSTICA, sobre ser ação, ato permanente de urbanizar, quer dizer
acima de tudo ACEITAÇÃO, ato permanente de aceitar, como vimos.
Tal
aceitação passa por um replanejamento total.
Aceitação
da natureza zero, físico-química e da primeira natureza, biológica/p.2, dentro
de uma segunda natureza psicológica/p.3.
Quer dizer
também CON-VIVÊNCIA, vivência junto, sem tantas separações como muros, grades e
outros distanciamentos. Isso, por sua vez, nos remete a um replanejamento psicológico
total que reconfigure as classes para uma proximidade até agora desconhecida.
Este
mundo-Terra é muito primitivo, devo dizer.
Está
demasiadamente longe do desenho que tenho em minha mente de prédios
arredondados junto a colinas e fontes, com muitas praças ou coletivizações, com
ruas retas e tortas, com subidas e descidas - no todo aquele equilíbrio
pregado.
Mesmo
aqueles condomínios da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro que são, para a atualidade,
chiques, não passam de arremedo disso que estou falando.
A
burguesia mundial terrestre não conhece nada de verdadeiramente elegante e
muito menos o povo.
Creio que
os escritórios de desenho urbano/rural passarão ainda muitas décadas criando
antes de chegarem a essa coisa que estou visualizando.
Vitória, terça-feira, 12 de novembro
de 2002.
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