Superaproveitamento
da Praia
Este é
registrável no cartório de registro de títulos e documentos Myrian Castelo
Miguel, Praça Misael Pena, s/n, sala 901, Ed. Jusmar, Centro, Vitória, ES, para
venda aos AMBIENTES (municípios/cidades, estados, nações e mundo),
especialmente os praianos, os municípios/balneários, que dão de frente para o
mar. UNIVERSAL.
Só no Brasil as costas têm 8,5 mil
km, não se sabe em quantos municípios (no Espírito Santo, que tem 78
municípios, beiram o Atlântico do norte para o sul: Conceição da Barra, São
Mateus, Linhares, Aracruz, Fundão, Serra, Vitória, Vila Velha, Guarapari,
Anchieta, Piúma, Itapemirim, Marataízes, Presidente Kennedy, 14, salvo engano).
Naturalmente a
praia é de todos, de todas as (agora classificadas) cinco classes, A (ricos), B
(médio-altos), C (médios), D (médio-baixos ou pobres), E (miseráveis), não podendo
ser legalmente segmentada para uso exclusivo.
É um índice poderoso de democracia
verdadeira.
Entrementes, há
grupalização natural pela pobreza ou riqueza, que dá acesso a produtos, a
processos, a objetos, a programas – quem pode e quem não pode pagar.
Quanto a isso, enquanto durar o
Capitalismo geral não há o que fazer, de modo que as praias podem ser
alargadas, como sugeri fazer para Camburi, Vitória, ES, em faixas longas na
perpendicular (pela sugestão, 200 metros), construindo-se ali várias áreas
distintas, mais ou menos elegantes e caras, fechando-se espaços para usos
restritos apenas no sentido indicativo, constituindo-se então como que oásis na
areia com praças, parques, piscinas, casas de massagem, academias de ginástica,
clubes, todo tipo de serviço, até centros de compras em ambientes maiores ou
menores, imitações de florestas e de rios, pesque-e-pague, um mundo de
diversões que sozinho pode significar em arrecadação para as prefeituras tanto
quanto uma cidade pequena.
O fato é que as
prefeituras de balneários não visualizaram as praias do modo mais acabado
possível, não instituíram grupos-tarefa capazes de tirar o maior proveito
delas.
Longe disso, elas são vistas como
aproveitáveis apenas no verão, que são nos máximo três meses em cada doze, ¼ ou
25 % do tempo, talvez o dobro disso, se incluirmos a primavera. No resto do
tempo, mesmo em nossas praias ensolaradas é aquela desolação.
Vitória, segunda-feira,
20 de outubro de 2003.
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