Varrição
e a Limpeza Mais Perfeita
Ia passando de
ônibus em Jucutuquara e vi na calçada uma mulher varrendo, uma gari com o
uniforme próprio, em geral abóbora; usam vassouras grandes, de base larga, que
puxam muita coisa de uma vez, mas produzem uma varrição incompleta e
insatisfatória, coisa das massas, coisas populares, dedicadas descuidadamente
pelas elites ao povo.
As cidades são varridas assim:
contratam mulheres por baixos salários, domésticas que são tiradas do serviço
caseiro, cumprindo com isso dupla escala de trabalho, pelo salário mínimo de
agora, que está em R$ 260, cerca de 100 dólares, devendo subir em abril para R$
300, uma insignificância.
A constituição diz que as horas
trabalhadas por ano pelo operário devem ser 2.107(11 meses ou 48 semanas, 44
horas/semana); assim, 13,33 salários de R$ 300 por ano, dividido por 2.107 dá
menos de R$ 1,90 por hora trabalhada (preço de uma cerveja, pouco mais que uma
passagem urbana).
A varrição é
espantosamente displicente, o que vem da ausência de chefia (elas tendem a
torturar os trabalhadores) ou de chefia amorosa, de identidade de propósitos,
de idéia de correção e de uma série de fatores que não vale a pena analisar
aqui (embora fizesse todo sentido fazê-lo num livro).
Como já disse, enquanto não forem
adotadas aquelas máquinas, propostas para varrição, o significado será sempre o
do desprezo das elites pelos povos.
Claro, a limpeza
mais perfeita nos diria que você é amado.
Significaria que você está sendo
convenientemente limpo na cidade/município, no estado, na nação, no mundo.
SE existissem
tais programáquinas, SE atrás delas ainda viesse um povo dedicado limpando tudo
certinho com a maior dedicação e que por esse serviço recebesse salários
convenientes, SE víssemos ruas e praças brilhando, esta nação teria dado um
salto de qualidade.
A distância que
vai da simples varrição desleixada à limpeza mais perfeita é aquela entre os
primitivos e os civilizados, entre os incapazes de dar o salto ao futuro mais
avançado e aqueles que estão verdadeiramente avançando ao futuro.
Vitória,
quinta-feira, 24 de março de 2005.
O
SERVIÇO, QUE É MUITO SÉRIO, É TRATADO COM DESMAZÊLO PELOS AGENTES DA AUTORIDADE
DA LEI (o que
existe mais é propaganda governamental)
RESÍDUOS
SÓLIDOS
Limpeza
e saneamento
A
Organização Mundial de Saúde (OMS) define saneamento como o controle de
fatores que atuam sobre o meio ambiente e que exercem, ou podem exercer,
efeitos prejudiciais ao bem-estar físico, mental ou social do homem. Dentro
dessa definição encaixa-se a Limpeza Urbana que engloba, além de outros
serviços, a coleta, o tratamento e a destinação final do lixo ou resíduos
sólidos.
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A
LIMPEZA DO MUNDO
(um artigo na Internet que menciona a limpeza urbana, sem falar na limpeza
rural, que nem existe)
O FUTURO DAS CIDADES - Maria da Glória Gohn *
Este artigo é fruto de minha
participação em uma conferência ocorrida em Julho de 1999 em Xangai, China,
sobre o "O Futuro das Cidades". Ele tem um duplo objetivo: delinear
o cenário das cidades num futuro próximo e sistematizar algumas propostas de
encaminhamento de seus problemas via a participação da sociedade civil.
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O
SERVIÇO NÃO É BOM, MAS A COBRANÇA É FEITA DE QUALQUER MODO (o Estado nunca diminui a carga de
tributos, que chegaram a ser 58 e agora, dizem, já são 72 [chegaram a mais de
80])
Coleta de lixo e limpeza urbana ainda são precárias no
Brasil, mostra pesquisa
03 de Dezembro de 2004
Brasília - O Ministério das
Cidades divulgou nesta sexta-feira o diagnóstico sobre a coleta e tratamento
de lixo no país. Apenas 20,3% dos municípios pesquisados têm aterros
sanitários dentro dos padrões definidos pela legislação ambiental brasileira.
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Ministério
das Cidades lança diagnóstico sobre a gestão e manejo de resíduos sólidos
urbanos no País
03.12.2004
O Ministério
das Cidades divulgou nesta sexta-feira, dia 03 de dezembro, os resultados do
Diagnóstico da Gestão e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. É o primeiro
levantamento, baseado em dados de 2002, que visa a formação de um banco de
dados que se integre ao Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS).
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