A
Caixa de AM-W
No livro de Annete
Moser-Wellman, Cinco Faces de um Gênio
(como descobrir e desenvolver a genialidade e a criatividade humana), São
Paulo, Alegro, 2001, página 173/4, ela fala da “caixa”.
Ela estava conversando
com uma antiga chefe e reclamou não poder resolver os problemas, a chefe
respondendo que ela não estava vendo os “lados da caixa”. “Que caixa”,
perguntou. Ao que a chefe respondeu que a tarefa dela (e de todos, digo eu) era
ficar sobre uma caixa, aprendendo a ver todos os lados para ver qual é possível
vergar, ou seja, forçar como solução e saída, a criatividade começando quando a
pessoa se recusa a ver os lados da caixa como limitações e passa a vê-los como
auxílios ou potenciais.
Bem, deveríamos VER DE
DENTRO, em primeiro lugar.
A parte de baixo é a
realidade, à frente está o futuro ortodoxo, atrás o passado ortodoxo, dos lados
as escapadas à esquerda ou à direita, acima a grande idéia.
Ou podemos VER DE FORA.
Aí teríamos seis
soluções para os problemas, cinco correspondendo às faces de que AM-W fala e a
sexta sendo a permanência na ortodoxia, ou quatro sendo as quatro faces do
diagrama lógico de Aristóteles, a quinta sendo a solução central de onde
derivam todas as demais, esta abrindo-se em duas, história, conservação, e
geografia, expansão.
Ou, em vez de um
hexaedro, um cubo, vermos qualquer outra figura geométrica espacial regular (ou
não).
É uma metáfora muito boa
e pode ser um poderoso auxílio nas reuniões de negócios ou seções de
criatividade, os tanques de pensamento, obrigando as pessoas a buscar seis (ou
“n”) soluções, coordenadas ou não, neste caso depois coordenando-as (o que pode
ensinar tecnartes de chefia ou de obediência transitória para propósitos de
crescimento) ou não.
Pode causar
claustrofobia em alguns e isso também é útil para sabermos os que se recusarão
a pensar, e, portanto, devem ir a outras tarefas.
Em cada lado da caixa
pode haver uma tela, numa sala mesmo, onde se iriam acumulando os apontamentos
de soluções e suas críticas, com os autores (para os créditos). Se houvesse
efetivamente uma IA (Inteligência Artificial) verdadeiramente autônoma para
organizar a produção, tanto melhor. Ou alguém pode se incumbir desse mecanismo
de classificação nas reuniões, alinhando os grupos de saídas.
Saída do futuro, saída
do passado, saída da esquerda (popular) saída da direita (elitista), saída de
cima (virtual), saída de baixo (real), os vários níveis de compromisso - depois
rotulando as classes, em termos de produtividade, a produção da produção, a metaproduçãorganização,
de onde se olha a produçãorganização. Pode-se mesmo, posteriormente, definir o
rendimento real (em termos de lucros) e potencial (em termos de desdobramento
interno e externo), para categorização dos produtores.
Enfim, pode se tornar de
fato uma tecnociência de valor, se a Academia ou os grupos isolados de pesquisa
& desenvolvimento a elevarem a um estatuto maior de busca.
Vitória, sexta-feira, 31
de maio de 2002.
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