A
Persistência das Religiões
Falam de um SENTIMENTO
RELIGIOSO que persiste através dos tempos e contamina uma grande quantidade de
pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas religiosas). Algo que está
cravado mesmo na alma. Seria esse sentimento diferente dos outros, supostamente
mais fracos.
Durante um punhado de
tempo aceitei essa declaração como sendo um marco da verdade.
Recentemente, estes
dias, fiquei pensando que o modelo diz que tudo persiste. O modelo-porta trouxe
grande e necessária uniformização, porque antes as categorias, contra a Navalha de Ocam, estavam sempre sendo
multiplicadas, causando confusão enorme.
Pois tudo mesmo
persiste, não só a religião.
Persistência alta: da Magia, da Teologia, da Filosofia e da
Religião. Persistência baixa: da
Arte, da Religião, da Ideologia e da Técnica. Persistência da Matemática, de
tudo mesmo. Os teólogos/religiosos são no conjunto 25 %, idealmente, na Terra
atual de seis bilhões de seres humanos (aliás, deveriam contar todas as
populações, com um Congresso das
Populações, inclusive animais, plantas e fungos) 1,5 bilhão. De fato,
somando os 2,0 bilhões de cristãos com o 1,3 bilhão de muçulmanos, mais os
budistas (que não seguem religião, apesar de parecer), 300 milhões, e 700
milhões de hinduístas, teríamos aí 4,3 bilhões, mais de 70 %, havendo um
deslocamento, em razão da pressão dos religiosos, exatamente porque os 25 % de
magos e artistas se juntam, sem falar nos filósofos e ideólogos. Agora, é certo
que já existem 15 % dos humanos sem qualquer religião, sem falar do bilhão de
chineses que estão sob o estado comunista de duas vias avesso à expressão
religiosa (mas que, soltos, voltariam ao budismo, ao confucionismo, ao taoísmo
– que de modo algum são religiões, lembre-se).
Então, à medida que haja
mais liberdade e menos pressão religiosa, as coisas se acomodarão.
Se você observar bem, os
demais modos de expressão também persistem com alta fidelidade. O que acontece
é que os religiosos são mais insistentes, incomparavelmente mais determinados
em obrigar os demais à sua particular expressão mental.
O significado disso é
que quem não adere sempre está ameaçado pela morte, sendo tão mais fácil aderir
que morrer. A reavaliação disso renderá um punhado de teses de mestrado e
doutorado.
Vitória, domingo, 07 de
julho de 2002.
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