Saturday, November 02, 2013

Interpretação de Shiva (da série Expresso 222..., Livro 3)


Interpretação de Shiva

 

                        No livro completamente bobo de Hubert Reeves, Um Pouco Mais de Azul (A Evolução Cósmica), São Paulo, Martins Fontes, 1986, p. 251, há um retrato de uma estátua de Shiva, “encarnação da eterna energia cósmica”. Shiva, Xiva ou Siva é a terceira pessoa da trindade indiana, a Trimurti, e é deus ao mesmo tempo destruidor e fecundador.

                        Usando-se a Rede Cognata, o conhecimento do modelo e a figura, podemos sacar um punhado de coisas.

                        Embaixo há uma criança = CAOS, da sua cabeça = CAOS = CRIAÇÃO saindo uma linha que se torna um círculo e volta ao início: é OUROBOROS, a serpente = PRESENTE da criação, a linha-do-É, por assim dizer.

                        Um pé de Xiva se apóia na criança, representando a força centrípeta, que se dirige ao centro, e nos textos que estou escrevendo agora, em Inércia e Gravidade, vi que é a gravidade, atração, o movimento rotacional, circular. A outra perna, colocadas as coxas em ângulo reto, é a inércia, repulsão, movimento translacional, linear.

                        Há quatro braços, representando as quatro “forças”, na realidade os quatro campartículas ou ondas, a saber, o campartícula magnético, o campartícula elétrico, o campartícula fraco e o campartícula forte, constituindo o campartícula gravinercial o centro do quadrado. Todos estão situados no mesmo plano.

                        Da cabeça = CRIAÇÃO de Xiva saem doze flechas, seis de cada lado, correspondendo ao duplo-universo, o duploverso, Xiva sendo o 13º, como Cristo com os apóstolos (esse número [12 + 1] = 13 está em tudo). Há dois corações, ou duas criações, encimando cada um seu grupo de seis.

                        Saem 23 “fogos” ou chamas de cada lado do círculo, o 24º sendo para ambos o mesmo, no total {[23 + 23] + 1} = 27. São dois tempos iguais de ida e de vinda, separados pela coroa de Xiva = Criador de Xiva = PI. Isso não sei interpretar, nem porque Xiva é tridimensional, ao passo que a Criação toda se dá num plano. Por enquanto o que posso dizer é isso, mas já é extraordinário.

                        É claramente um desenho do universo, vindo não se sabe de que fonte. É nitidamente um apelo para interpretação matemática, uma herança deixada para a humanidade posterior, quando chegasse o tempo em que alguém soubesse interpretar completamente, quando a Física e o Conhecimento tecnocientífico todo estivesse restaurado.

                        Vitória, sábado, 08 de junho de 2002.

           

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