Listas de Invenções
O livro Fontes de Informação para Pesquisadores e
Profissionais, Belo Horizonte, Ed. UFMG, 2000, de Bernadete Santos
Campello, Beatriz Valadares Cendón e Jeannette Marguerite Kremer,
organizadoras, tem no artigo 12, A
Patente, de Ricardo Orlandi França, p. 153 e ss., uma série de explicações
muito úteis.
Como
já citei, dentro de um vidro de remédios veio um cilindro desumidificador, cujo
número americano de patentes é 4.093.105. Tendo sabido que Europa e EUA fazem
cada um 50 mil patentes/ano, enquanto o Brasil não fica com mais de que a
milésima parte disso (o que é surpreendentemente baixo, devendo ser um dado
falsificado), calculei que isso corresponde a mais de 80 anos lineares (como o
número deve vir crescendo, é possível que seja o dobro disso) por lá.
Embora Norbert Wiener
tenha dito em seu livro editado em espanhol, Inventar, que o ato seja em si mesmo das mentes menores, comecei a
ver a coisa de outro ângulo.
O autor do artigo
citado, naquele livro, dá uma quantidade de sítios ou sites onde podemos obter
informações sobre patentes, modelos de utilidade, registros de livros, marcas e
demais formas de preservação e divulgação.
Não sei se neles há uma
divulgação explícita.
Propus no modelo uma
forma de classificação diferente daquela em uso. Quanto a tal divulgação, no
entanto, não falei ainda nada, o que passo a dizer aqui:
1) é preciso antes de tudo colocar
desenhos explicativos com as partes bem contrastadas (tipo a técnica russa
ex-soviética das fotografias retocadas), como que explodidas, técnica usual;
2) do lado as medidas proporcionais (ou
as reais), com características de cada parte destacada;
3) mostrar vários lados (no CD seria
mais fácil);
4) encadear a evolução dos objetos;
5) dar endereços dos criadores, dos
fabricantes e outros envolvidos (reais e virtuais);
6) descrever os materiais, se possível,
e outras iniciativas.
A questão central é a ligação de
umas invenções a outras, a abertura de cada uma sendo como um funil de descendências,
sua coligação com as demais, facilitando a composição de imagens e conceitos. Devemos
possibilitar ao máximo criações de toda espécie de coisas, em particular a de
máquinas, aparelhos e instrumentos que facilitem a vida das pessoas e diminuam
o gasto de matéria, energia e informação redundante.
Não se trataria meramente de listas
de patentes, mas de LISTAS QUALIFICADAS, trabalhadas e retrabalhadas para
permitir o encontro dos elementos. Isso os governempresas brasileiros devem
fazer, em todos os níveis, separando as listas em sub-listas, o quanto antes,
condição de maior progresso e desenvolvimento.
Quem está trabalhando o processo ou
o objeto, presentemente? Quem o esteve fazendo no passado? Quem está se
lançando a ele agora? Como conseguir bibliografia? Tudo isso é fundamental para
o salto brasileiro.
Vitória, quinta-feira, 20 de junho
de 2002.
No comments:
Post a Comment