Matematização
da Psicologia
Minha filha decidiu fazer
história, enfrentou e passou o vestibular. Faz tempo venho falando a ela da
reunião que promovi (o nome já existia) no modelo da geografia com a história
em geo-história, o espaçotempo humano ou psicológico.
A Geo-História fica no
centro de um quadrado ou no topo de uma pirâmide de base quadrada, ou colocadas
a geografia e a história na forma característica do modelo, não dá para
desenhar aqui, vá ver. Nos vértices do quadrado estão a psicanálise ou análise
das figuras; a psico-síntese ou síntese dos objetivos; a economia ou produção;
e a sociologia ou organização. No conjunto temos a Psicologia.
Deverá ainda haver a
matematização da Psicologia, ou seja, matematização da psicanálise,
matematização da psico-síntese, matematização da economia (essa que existe é
totalmente falsa), a matematização da sociologia, e, claro, a matematização da
geo-história. Esses cortes SÃO TÃO DIFÍCEIS que não só não foram feitos como as
pessoas sequer atinam que podem e devem ser feitos.
Como tudo, a Psicologia
em geral, e em particular a Geo-História, é uma matemática, ainda não
descoberta.
Como isso poderia ser
feito eu disse na questão das cártulas ou cartuchos, lá nas posteridades e nas
ulterioridades. Não vai ser fácil. Tudo isso que está feito até agora não passa
de dissertação filosófica com pretensões de ser ciência, o que está muito longe
de ser.
A suposta matematização
da economia, por exemplo, não passa de colagem das funções matemáticas, quer
dizer, um paralelismo medíocre – tendo-se as conclusões na mente arranja-se
alguma semelhança com as funções já existentes na Matemática. A verdadeira
matematização permitirá experiências e previsões, com o aparecimento de leis
autênticas. Desmascarará velhas crenças na Psicologia como fez na Biologia e
antes disso na Química e na Física.
Como, até agora,
confirma tudo, não é ciência nos termos de Popper. Só faz previsões positivas,
sobre o que já existe, e não previsões negativas.
Acontece que a Clara
tornou-se refratária à Matemática, como as crianças quase todas, em razão do
péssimo ensino contemporâneo. Eu disse a ela que a Geo-História deverá ser
matematizada e que ela mesma deve se dedicar a aprender profundamente
Matemática, para passar desta que já é complexa para outra incomensuravelmente
mais complexa, verdadeira e boa Matemática (que eu, embora não tenha podido me
dedicar a ela, adoro).
Ela foi para uma
profissão onde imaginou que não haveria contato com a Matemática e, no entanto,
irá deparar com a mais avançada e difícil delas, até que cheque a matematização
da Informática (não esta que aí está, mas a outra, além da Psicologia).
Vitória, terça-feira, 16
de julho de 2002.
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