Sunday, November 03, 2013

Pequena-Grande (da série Expresso 222..., Livro 3)


Pequena-Grande

 

                        Schumpeter, naquele seu texto, O Negócio é Ser Pequeno, defende a tese de que as pequenas empresas devem ser preferidas às grandes. De fato, depois disso os governos e as próprias empresas passaram a defender as pequenas como a principal fonte de empregos em família e fora dela. Uns 20 ou 30 % da riqueza concentram 80 ou 70 % dos empregos, e vice-versa.

                        Mas outros, antes e depois, defenderam a tese oposta, de que o negócio é ser grande.

                        Com qual ficamos?

                        O modelo mostrou que ambas as alternativas são válidas.

                        Que tanto devemos ter empresas grandes quanto pequenas, o que vale para todas as pessoas (indivíduos, famílias, grupos, empresas) e ambientes (municípios/cidades, estados, nações, mundo).

                        Na realidade 2,5 % serão micro-empresas e 2,5 % macro-empresas, empresas multinacionais gigantes. O restante, 47,5 %, estará mais para pequena, enquanto 47,5 % estarão mais para grande.

                        Devemos ter empresas de todos os tipos, sem preferência.

                        Ou seja, ter preferência é candidatar-se ao inútil e ao ciclo, aos altos e baixos de um e outro lado. Pequena quando a necessidade for essa, grande quando for o oposto, variando ao sabor das necessidades presentes, instantâneas. Assim como existe a diferenciação na Matemática, considerado o infinitésimo de tempo, ∆t ou ∂t, delta-t, assim também os empresários futuros de nossa família extensa devem agir, considerando o instante, o mínimo tempo operacional de empresariamento, e não ficarem pensando no passado, que pode nos levar a induções incorretas sobre o futuro, o que seria desastroso. O que mais importa são as medições constantes, para reação “ligada”, “pegada” ao objeto de atenção, ou seja, reação instantânea aos fatos, como extraídos do real.

                        O resto é pretensão intelectualidade, preciosismos derivados dos desejos inconscientes dos pseudo-filosófos que se tem como economistas, o que só pode nos causar prejuízos.

                        Vitória, sexta-feira, 14 de junho de 2002.

                  

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