Pesquisa de Gás
Conforme caminha vou
visualizando.
Sabemos que ao migrar
uma placa, outra entra debaixo dela. A que sobe, se alteia, que fica por cima,
tinha aquela parte no fundo do mar, do oceano, onde o plancto (ficto e zôo,
plantas e animais) foi se depositando por milhões de anos, formando o petróleo
e o gás.
Tomando a cadeia de
montanhas, há sempre uma planície antes, levantada também, porém menos, pois se
encontra longe da zona de subdução, onde a outra placa desce ao magma do manto,
sendo ali derretida e reincorporada ao
substrato quente da Terra. Nessas planícies de todo o planeta está o
petróleo, infinitamente mais do que o até agora descoberto. Isso é certo, é
questão de encontrar.
Na América do Sul antes
dos Andes, na América do Norte antes das Rochosas, na Europa antes dos Alpes,
na Rússia antes das cadeias montanhosas de lá, etc.
Onde está o gás?
Sempre onde estiverem as
montanhas.
Quando estas se alteiam,
o petróleo escorre (nas rochas que o contém) para baixo, para onde a gravidade
o conduzir, acumulando-se nas planícies. Ora, então nas montanhas sobra o gás,
ilimitado gás, inesgotável gás. Em todas essas cadeias que mencionei e mais no
Himalaia, onde haverá mais que em qualquer outro lugar – gás para um milênio de
exploração: na China, na Índia, no Tibet, no Nepal, em todos aqueles países
limítrofes.
Na América do Sul, no
Chile, do Equador, na Argentina, na Bolívia, no Peru, na Colômbia e parte da
Venezuela, menos no Paraguai, no Uruguai e no Brasil, fora também as Guianas. Lá
nos mais altos picos e nas montanhas em volta, aqueles países citados, mais um
pedaço da Venezuela, terão gás. Os outros, mais parte da Venezuela, petróleo. Juntos
poderão ter energia por todo um milênio, formando uma confederação invencível,
a menos que a estupidez perdulária dos governantes interfira.
Todo lugar do mundo
petróleo e gás, como eu disse, devidos à presença dos microconstrutores. Exceto
nos crátons, as regiões muito antigas, duras, impenetráveis, que sempre
estiveram fora das águas, por exemplo, o Planalto Brasileiro e o Planalto das
Guianas. Nestes só marginalmente haverá algum petróleo e gás. Daí se segue que,
embora pareça muito os dos campos já descobertos nessa região marinha do Rio de
Janeiro, eles não são senão uma gota no oceano. E o ES também descobrirá muito,
relativamente, mas petróleo e gás que têm menos de 70 milhões de anos. Os mais
velhos terão 200 milhões de anos.
Em crátons, nunca, nas
suas margens algum. Em planícies petróleo, em montanhas gás – eis a fórmula
muito simplificada.
Vitória, sábado, 03 de
agosto de 2002.
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