Tuesday, November 05, 2013

Pesquisa de Gás (da série Expresso 222..., Livro 5)


Pesquisa de Gás

 

                        Conforme caminha vou visualizando.

                        Sabemos que ao migrar uma placa, outra entra debaixo dela. A que sobe, se alteia, que fica por cima, tinha aquela parte no fundo do mar, do oceano, onde o plancto (ficto e zôo, plantas e animais) foi se depositando por milhões de anos, formando o petróleo e o gás.

                        Tomando a cadeia de montanhas, há sempre uma planície antes, levantada também, porém menos, pois se encontra longe da zona de subdução, onde a outra placa desce ao magma do manto, sendo ali derretida e reincorporada ao  substrato quente da Terra. Nessas planícies de todo o planeta está o petróleo, infinitamente mais do que o até agora descoberto. Isso é certo, é questão de encontrar.

                        Na América do Sul antes dos Andes, na América do Norte antes das Rochosas, na Europa antes dos Alpes, na Rússia antes das cadeias montanhosas de lá, etc.

                        Onde está o gás?

                        Sempre onde estiverem as montanhas.

                        Quando estas se alteiam, o petróleo escorre (nas rochas que o contém) para baixo, para onde a gravidade o conduzir, acumulando-se nas planícies. Ora, então nas montanhas sobra o gás, ilimitado gás, inesgotável gás. Em todas essas cadeias que mencionei e mais no Himalaia, onde haverá mais que em qualquer outro lugar – gás para um milênio de exploração: na China, na Índia, no Tibet, no Nepal, em todos aqueles países limítrofes.

                        Na América do Sul, no Chile, do Equador, na Argentina, na Bolívia, no Peru, na Colômbia e parte da Venezuela, menos no Paraguai, no Uruguai e no Brasil, fora também as Guianas. Lá nos mais altos picos e nas montanhas em volta, aqueles países citados, mais um pedaço da Venezuela, terão gás. Os outros, mais parte da Venezuela, petróleo. Juntos poderão ter energia por todo um milênio, formando uma confederação invencível, a menos que a estupidez perdulária dos governantes interfira.           

                        Todo lugar do mundo petróleo e gás, como eu disse, devidos à presença dos microconstrutores. Exceto nos crátons, as regiões muito antigas, duras, impenetráveis, que sempre estiveram fora das águas, por exemplo, o Planalto Brasileiro e o Planalto das Guianas. Nestes só marginalmente haverá algum petróleo e gás. Daí se segue que, embora pareça muito os dos campos já descobertos nessa região marinha do Rio de Janeiro, eles não são senão uma gota no oceano. E o ES também descobrirá muito, relativamente, mas petróleo e gás que têm menos de 70 milhões de anos. Os mais velhos terão 200 milhões de anos.

                        Em crátons, nunca, nas suas margens algum. Em planícies petróleo, em montanhas gás – eis a fórmula muito simplificada.

                        Vitória, sábado, 03 de agosto de 2002.

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