Telepatia
Como
eu disse no artigo Utilidade do Sonho,
é meu pensamento agora que quando dormimos entramos em contato com as demais
pessoas (indivíduos, famílias, grupos e empresas) em quaisquer ambientes
(municípios/cidades, estados, nações e mundo), por mais longínquos que estejam. Penso que isso se dá através do
“poço infinito” (= PI PIRÂMIDE = SONO PLANETÁRIO = UM PLANETA = SONO PROFUNDO,
na Rede Cognata – como algumas das traduções), um conceito indicando um
conector geral.
Para atingir tal conectividade
seria preciso mergulhar no sono profundo, em alfa, no estágio no qual a pessoa
não se pertence mais. Ao mergulhar no inconsciente, no reino da memória ou das
velhas inteligências, ela se desconecta dos conceitos ou inteligências, dos
raciocínios, das dialéticas, das relações de objetos e transita livremente no
coletivo de produção e de percepção, aquilo que Jung chamou de “inconsciente
coletivo”.
Literalmente cada um de
nós vive as vidas dos outros, suas lembranças, colocando como numa colagem nossa
vida sobre as alheias, penetrando também nas memórias que, de alguma forma,
estão no mundo. Como é que poderíamos do nada criar tantas imagens oníricas
distintas, completamente alheias ao nosso modo de viver?
Não dá para acreditar.
Uma parte vem de nossas
vidas, de nossas lembranças nos dias anteriores, de nossas inquietações, mas
uma parte certamente deve vir das existências dos demais.
Naturalmente antes não
seria possível estudar o fenômeno, de modo que ele permaneceu basicamente
acientífico. Agora, porém, isso é imaginável e relativamente fácil, com a
Internet sendo simples pedir às pessoas que vejam na descrição de milhares de
sonhos similitudes com suas vidas, entrando em contado. Muita fraude advinda da
vontade de aparecer e ser notado irá acontecer, porém com cuidado e
continuidade, persistência e dedicação em excluir a desonestidade será provável
extrair o fundo de verdade.
Após algumas décadas
seria possível separar verdade de falsificação (honesta ou desonesta),
chegando-se ao núcleo dialógico.
Evidentemente isso seria
revolucionário, porque a Vida geral e a Vida racional em particular teriam uma
rede de defesas muito mais vasta e imperecível do que podíamos imaginar antes.
Explicaria muito, como o campo morfogenético de Rupert Sheldrake, que
redenominei campo biológico, com um outro campo psicológico conexo.
A vida seria uma rede
mesmo (como, aliás, é em cognato, vida = REDE), o chamado “tecido da vida”.
Podemos induzir experiências controladas, criando sequências psicológicas para
pessoas e vendo se elas refletem através do planeta.
O fato é que muitos vêm
falando da telepatia através dos milênios. Enquanto estamos acordados nada é
passado, sob as mais variadas experiências. Talvez as cobaias que demonstram,
dizem, alguma capacidade telepática, sejam também capazes de entrar em alfa
acordadas. É preciso estudar o assunto, porque ele tem tremenda importância
tanto civil quanto militar.
Vitória, domingo, 14 de
julho de 2002.
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