Incidência
de Flechas, a Fábrica da Geologia
Só depois de
raciocinar sobre as componentes vertical (que balança o berço, o mundo,
fazendo-o vibrar intensamente e acrescentando energia ao sistema termomecânico do
manto, rebentando a crosta nos pedaços que são as placas tectônicas) e
horizontal (que empurra as placas criadas para todo lado) é que pude ver que na
realidade a componente vertical pouco nos interessa.
Ela apenas balança o objeto celeste.
Claro que é importante, mas não é
fundamental. Ela mexe com o interior da Terra, mas não com sua imagem ou
superfície; não nos afeta enquanto Vida geral.
É a componente
horizontal que é fundamental.
Ela movimenta as
placas para a esquerda e para a direita, para cima e para baixo, fazendo-as
inclusive girar; cria as cadeias ou os arcos de montanhas, levanta os Lobatos,
planeja os continentes, institui todo ritmo de quem está em cima.
A componente horizontal é a fábrica
onde a geologia é montada.
Quando vemos as
crateras, pensamos em quão fundo foi a flecha, mas na realidade deveríamos
pensar: QUÃO LONGE?
O que ela fez na e à superfície?
Não vivemos a três quilômetros de
profundidade, nós dependemos de apenas 10 metros para cima e para baixo, para
tudo ou quase tudo, menos as minerações profundas de matéria prima e pilhas
energéticas (petróleo, gás) e mesmo estas províncias são as componentes
horizontais que criam.
E é justamente isso que não vem
sendo estudado “a fundo”, para fazer um trocadinho; esse é o estudo superficial
mais profundo que podemos e devemos fazer, pois dele dependem 95 % ou mais do
nosso futuro. Que tenhamos perdido tanto tempo com as profundezas é retrato de
nossa falta de lógica e seriedade.
Vitória,
quarta-feira, 22 de setembro de 2004.
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