SP
e ES 25 Anos Depois
Até janeiro de 1987 estava em
Linhares, para onde voltei em julho de 1984, depois de ter feito o curso
introdutório à fiscalização estadual. Nos dias de folga do regime um por dois
(um dia trabalhado, dois de folga), ficava no Posto Floresta da família e
escrevia à máquina (os computadores eram raríssimos no Brasil em 1986). Como já
contei, tendo comprado o Almanaque Abril desde lá por 1972,
acompanhava os números, de modo que me dei ao trabalho de contar, desde quando
me interessei pelo tema:
1. São Paulo ultrapassava 160 países do
total de então;
2. o Espírito Santo ia além de 120
deles.
Fiz as contas e coloquei em ordem
numérica pelo método trabalhoso, olhando um por um.
Recentemente falei do artigo O
Futuro que me Aconselhou (onde o ES aparece progredindo 125 % em oito
anos) a meu filho Gabriel, agora com 25 anos, a quem contei tudo isso e que
acompanha também os dados; ele me disse então que SP fica agora atrás de apenas
10 países (individualmente devem ser: EUA, China, Japão, Alemanha, França,
Itália, Grã-Bretanha, Brasil, Canadá e México – e isso pelo PIB visível).
Constituindo 33 % da renda brasileira e tendo esta, pelas minhas contas,
ultrapassado (no invisível) o Japão, SP ombrearia em ordem de grandeza com a
Califórnia, pois esta deve ter uns 20 % dos EUA, quer dizer, 0,2 x 15 = 3,0
trilhões de dólares, enquanto a renda de SP seria 0,33 x 5,4 = 1,8 trilhão.
Coletivamente teríamos Europa dos 27, EUA, China, Brasil, Japão, São Paulo (sem
contar a Califórnia), Canadá e México, ficando então SP no 6º lugar.
Bem, as coisas mudam e em termos de
Brasil (apesar de toda a mentirada) mudam aceleradamente: bastaram 25 anos para
São Paulo saltar para 11º na produção visível ou para 6º na produção total. E o
ES foi atrás, aliás, mais aceleradamente que SP, pois cresceu sistematicamente
10 % POR ANO durante oito anos.
O mundo apresenta muitas surpresas.
Serra, quarta-feira, 17 de agosto de
2011.
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