A Ressurreição dos
Mortos
De vez em quando as
editoras fazem relançamentos de livros de pessoas falecidas, o que é como
produzir zumbis, mortos-vivos, os corpos estão mortos, mas as mentes funcionam,
e como funcionam.
ZUMBIS
(são
menos de 140 milhões de livros no mundo segundo o Projeto Gutenberg e o Google
Livros, a grande maioria de mortos, uma fração de gente viva, viva até
demais, acho que já faz o livro pensando no filme, pessoal gilete, corta dos
dois lados)
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Não sabe aquele filme, O Sexto Sentido?
Então, eu também vejo gente morta o tempo
todo, porque leio muito, e esse povo vive falando comigo, inclusive fala O
TEMPO TODO, porque leio muito. E presto atenção, eles têm um número infindável
de bons conselhos, presto atenção dia após dia, aliás, desde a infância, fiquei
viciado.
Pego um deles, abro a página (não precisa de
programa para baixar, de computador, de notebook, de celular, de energia, nada
mesmo, falo diretamente com eles, sem ninguém na minha cola me vigiando,
tomando nota do que estou lendo) e pronto! Eles já começam a falar comigo,
buzinam nos meus ouvidos, quando me dou conta já raciocinei sobre várias coisas
que me disseram.
Posso atestar procê que essa gente morta tem
bons conselhos, ótimos conselhos, excelentes conselhos. De fato, em geral
vários deles muito melhores que os de gente viva, eles pensaram muito também.
Inclusive me defendem dos meus atos impensados: conversando com eles (pois falo
entre as leituras, penso, o que é falar com eles) evito fazer várias besteiras,
bem como derivo de seus pensamentos novas linhas de pensamento, é uma beleza.
Aconselho com todo vigor.
Se você nunca falou com essa gente morta
comece imediatamente!
Serra, quarta-feira, 13 de janeiro de 2016.
GAVA.
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