Tuesday, December 17, 2013

A Reforma da Caverna (da série Material Sensível, grupo MCES Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens)


A Reforma da Caverna

 

                               No Modelo da Caverna para a Expansão dos Sapiens (MCES) dos homens caçadores e das mulheres coletoras, os homens iam longe e as mulheres ficavam, como já ficou posto tantas vezes.

Ali residindo, vendo as famílias crescerem, elas precisavam sempre de mais espaço tanto fora quanto dentro e depreendi de toda essa sintanálise que o mundo hoje é, amplamente, vitória delas, porque o número de casas-caverna cresceu demais até atingir pelo menos 1,75 bilhão, enquanto o número de empreendimentos, correspondendo ao apossamento masculino, é muito menor.

                               Que sentido faria aqueles homens reformarem as casas-caverna se nem ficavam nas cavernas? Como viajavam sempre, como estavam sempre caçando, não fazia sentido nenhum que se interessassem por reformas. Definitivamente não teriam interesse por isso. As mulheres sim, com toda certeza.

Porém, quando os homens foram assentados pelas invenções iniciais delas em quase tudo, em especial na muito multiplicadora agropecuária, e estando assim retidos, aplicaram sua inteligência projetiva adquirida na caça em construções nas pós-cavernas, nas pré-cidades e nas cidades, que foram tremendamente expandidas, segundo o ritmo que conhecemos desde 11,5 mil anos atrás.

                               A Reforma geral da Caverna geral é do interesse delas, que nós começamos a partilhar faz relativamente pouco tempo, desde que os homens decidiram ficar definitivamente em casa; então o zum zum zum delas no ouvido o tempo todo levou a construções e mais construções, a reformas e mais reformas, a constantes modificações que não terminam nunca – mal acaba uma e já está começando outra, como todos sabemos.

É um tal de construir e reformar que não tem fim. Começa no casamento e termina na morte, porque depois da casa própria vem a dos filhos e a dos netos.

                               Claro, pegamos de lambuja o conforto.

                               Foi bom para os homens.

                               Contudo, sai disso que assim como as vendas das casas, as reformas devem ser endereçadas a elas e não aos homens. A construção civil e as lojas de materiais de construção devem fazer propaganda mirando as mulheres; os homens não passamos de atarefadoss zangões, nesse particular.

                               Vitória, terça-feira, 12 de abril de 2005.

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