Os americanos inventaram aquele
aparelho de colocar nas costas; quando foi apresentado em estádio de futebol no
Brasil, os brasileiros que viram ficaram encantadíssimos, o apresentador
americano espantou-se, pois disse que nos EUA era bem comum.
Os brasileiros encantaram-se,
queriam comprar de qualquer jeito. Para assegurar que os aparelhos funcionassem
direito os americanos insistiam em colocar atrás e os brasileiros deixavam.
Colocavam sempre com jeitinho e os brasileiros deixavam e até gostavam, riam à
toa, felizes da vida, estavam levitando de prazer.
Com o tempo, e depois das lições dos
americanos, os brasileiros já tinham mais confiança em si e iam sozinhos pro
espaço, subiam de início 10 ou 15 metros, depois 50 ou 100 e assim foram
subindo no conceito uns dos outros, chegando até as nuvens, ficando com a
cabeça nas nuvens, alucinados com a luz, em número tão gigantesco que
atrapalhavam os vôos dos aviões, não estavam acostumados, uma algazarra danada.
Que dizer sobre o deslumbramento de
ver o que nunca se viu antes? Eram como crianças, não sabiam dos perigos sob
seus pés no caso de falhas e desabamento, queda. Acostumados a crescer e a tudo
ter de mão-beijada, os brasileiros eram como crianças, não tinham costume de dirigir
sozinhos seus destinos, a responsabilidade do vôo solitário era grande.
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