Cada um que veja como quer.
Os ricos chamam a Decoração, essa moça tão
judiciosa, de Décor, tentando dar-lhe nobreza inacessível. Os miseráveis dizem
intimamente Deco e compram os produtos dela na loja do bairro, misturando um
pouco de tudo e ficando porcaria financiada em 12 vezes. A classe média chamava
de Dê e costumava espancá-la, o que foi parar na Delegacia da Mulher e na Lei
Maria da Penha várias vezes, tais eram os abusos.
O pessoal da área, os tecnartistas (pois
não são apenas artistas, são técnicos também) dizem Cor, porque veem o âmago
mesmo, o que não está nem à esquerda nem à direita, veem o centro, o núcleo, o
que é mais importante: cor, forma, combinação - o métier.
Os empresários frisam a Ação. Estão
interessados no Giro de Capital, que é o nome técnico da Ação Empresarial, este
só o apelido para os de fora.
Os emotivos apelam ao Coração, esperando
com isso tocar e resolver todos os problemas apenas declarando unilateralmente
serem as pessoas boas. Iludem-se identificando o coração aos sentimentos, pensando
que se todos têm coração todos tem sentimentos, sem atentar que metade dos
sentimentos podem ser maus e metade do coração é Artéria e metade é Veia/VELHA,
sangue velho e poluído pelas sujeiras.
A Decoração era tudo isso, moça já de certa idade,
mas você nem lhe daria tanto se não observasse com atenção, porque ela se
renovava muito, muito, todo ano estava se produzindo, “tinha um papel” na vida
em que ela muito-plicava as novidades.
Que dama!
Não vou negar, eu tinha admiração por ela.
Paisagismo, que vivia mais fora de casa, eu também
apreciava. Arquitetura, prima-irmã da Decoração, sendo moça muito elegante eu
aplaudia sempre, pois via as belas obras dela. Tapeçaria, outra irmã bonita,
faziam umas obras bem distintas.
Puxa, que família era aquela, a das Artes!
Agora e aqui estou falando da Decoração.
Em todas as suas dimensões, porque na verdade umas
apoiam as outras, tudo tem de ser levado junto.
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