O Hugo tinha uma casa e nela um amigo, o
Pedróleo, negro distinto e muito trabalhador, tinha feito fortuna, Hugo o
explorava muito, achava que com ele podia tudo, mas o Pedróleo superexplorado ia
se acabando, coitado. A parte Imorales de Hugo, que era a parte de trás,
soltava muitos gases e envergonhava os amigos.
Só por andar junto com o Pedróleo o Hugo se
achava o tal, por todos se curvarem diante deles e pensarem que em caso de
oposição o Pedróleo não iria mais visitá-los com as boas notícias e
facilidades.
O Hugo tinha casa de certo tamanho dum lado
da rua e logo adiante outra menor, separadas as duas por uma terceira, que não
era propriamente sua amiga. De uma rua próxima o Hugo recebia notícias e
instruções do Fiel, um gavião que torcia as coisas do jeito dele e lhe dizia o
que fazer no jogo, para quem torcer. Fiel enchia a cabeça do Hugo sobre o que
fazer, o que dizer, quem contestar, praticamente mandava nele, como Hugo
mandava no Pedróleo.
Do outro lado da rua havia um casarão bem maior
cujo proprietário era de outra cultura, não apreciava muito essas liberdades do
Hugo, mas por algum tempo a casa foi administrada por um mordomo destrambelhado
(simpatizante de Hugo), enquanto o dono estava fora e não se manifestava.
Depois esse mordomo chamou a govern/anta muito autoritária que confundia as
coisas e as casas, achava que aquela era a casa da mãe Joana, mas não era.
O dono da casa estava voltando, prevendo já
certo debate acalorado com os Imorales todos daquela
família, verdadeiro confronto, pois parece que estava bem aborrecido.
Aquele Hugô achava que o jogo dele com o
Fiel não estava sendo visto, as conversas de bastidores, as injunções, mas
estava sim, era transparente.
[Este é só o capítulo I, veja a emocionante
sequência em Hugô Passa Mal].
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