- Bom dia, classe.
TODOS – bom dia, professor.
O professor se volta para escrever o nome
no quadro.
- Meu nome é Robledo e sou da casa civil do
governo executivo de Deus. A matéria que os senhores e as senhoras vão fazer
comigo é Titularidades e suas Influências nos Compromissos de Vida ou, também
conhecida como, Nomes das Crianças.
Ouve-se um burburinho nos fundos.
- Ó, esse grupinho aí, fui instruído para
cuidar especialmente de vocês, os arcanjos, os mais velhos, nem adianta, sei
quem são: senhores Xosiel (você toma conta da Galícia?), Miguel, Gabriel,
Samuel, Rafael, Uriel e Ezequiel podem ir dispersando para não atrapalhar os
mais novos. Sei por que vocês estão aqui... Em todo caso, quero atenção na
minha classe, podem ir espalhando, um para cada canto.
- Mas, professor, a sala só tem quatro
cantos.
- Vocês entenderam, xispa.
- Turma, vou começar com uma pergunta muito
simples: i Deus-Natureza pode errar? Você aí, Tamaliel.
- Não, fessô, porque pela parte Natureza
ele SE TORNA e pela parte Deus SE TORNA PERFEITAMENTE, nos limites das
potências.
- Muito bem. Cumariel, o que significa que
ele “se torna”?
- A manifestação de i já é sem
imperfeições, não é como entre os racionais, que podem errar; uma vez que i SE
TORNA, já faz isso em extremo de perfeição, irredutivelmente.
PROFESSOR (iracundo, dirigindo-se
asperamente a Uriel, que estava cochichando) – muito bem, senhor Uriel, o
senhor que já sabe tudo e não precisa ouvir mais nada, então porque a
Titularidade pode conduzir a desastres? Uma vez que o pluriverso É
DEUS-NATUREZA manifestado não-finitamente e enquanto tal não comporta erros,
porque a escolha de nomes pode conduzir a desvios?
Uriel (sem graça de ter sido pegado em flagrante)
– professor, o querer, o arbítrio não é perfeito. Uma vez que i desejou abrir
em SI a escolha, o querer, a divergência, essa escolha, ao dar-se no plano
probabilístico-estatístico congrega glomérulos de improbabilidades que atraem
as divergências.
- Um pouco pedante, muito professoral pro
meu gosto, mas está certo. Explicando, turma: veja Ricardo, “senhor poderoso”
numa das línguas deles. Pai e mãe querem favorecer o filho, nisso há uma
tentativa de moldar o destino, o que atrai os contrários. Compreenderam?
- Sim, professor.
- Por hoje é só, amanhã recomeçamos. Quanto
aos sete, vão ficar depois da aula, temos de conversar.
- Ah, professor!
- É, sim, não é nada de cobrança.
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